Cooperativismo de crédito : organização sistêmica : ênfase no Sistema SICREDI

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

O cooperativismo formal surgiu na Inglaterra, em 1844. Porém, as atitudes que deram origem ao cooperativismo de crédito fundamentavam-se na motivação e na necessidade de solidariedade para auxiliar os pequenos agricultores e, em seguida, os operários menos favorecidos da Alemanha e, posteriormente, da Europa, submetidos à exploração dos mais abastados, o que resultou em dificuldades de sobrevivência. As instituições cooperativas asseguram a existência econômica e organizacional dos menos favorecidos economicamente e ainda, conforme suas diretrizes, considera os membros com iguais direitos e obrigações na instituição constituída sobre o espírito de coletividade e cooperação da personalidade humana. Observa-se também que o solidarismo nasceu em reação às tendências anti-reformistas, sendo considerado um fato social que se traduz, objetivamente, em relação de interdependência entre os homens. A cooperativa, por ser uma organização econômica sui generis, não pode eximir-se de ser uma empresa, que atua no mercado como instrumento de organização econômica dos seus membros. A união ligada à solidariedade e ajuda mútua em benefício de todo o grupo, especialmente dos menos favorecidos, antecedeu o surgimento do movimento cooperativo de crédito – este movimento, apolítico, desenvolveu-se a partir do inadequado tratamento dispensado aos usuários das instituições financeiras tradicionais, que operavam e operam no mercado. A peculiaridade do movimento está na organização empresarial, de caráter auxiliar, por cujo intermédio uma coletividade de poupadores e outros com necessidade de crédito modelam um associativismo entre as pessoas para busca de suas soluções financeiras. Seguindo exemplos e experiências trazidas pelos idealizadores do cooperativismo de crédito para o sul do Brasil, especialmente os imigrantes alemães no final do século XX, iniciaram ações de constituição e desenvolvimento de cooperativas de crédito, seguindo os modelos de Raiffeisen e Luzzatti, os quais existem até os dias atuais. Conseqüência do desenvolvimento, o movimento convergiu para a integração e união dessas cooperativas, resultando a constituição de uniões de cooperativas, federações, confederações e bancos cooperativos. Essa integração horizontal e vertical de entidades de primeiro, segundo e terceiro graus resultou em organizações sistêmicas com representatividade em países economicamente desenvolvidos e em desenvolvimento. A organização sistêmica redundou em aprimoramento da governança corporativa nestas entidades, para fortalecimento e segurança observados pela sociedade – fato esse ocorrido em todos os países onde ocorreu um desenvolvimento do cooperativismo de crédito. Adicionalmente, analisam-se a organização e a estrutura do cooperativismo em países como Alemanha, Portugal, Espanha, Canadá, Estados Unidos da América e Argentina; os sistemas Sicoob, Unicred, Cresol e Ecosol do Brasil; o sistema de crédito cooperativo SICREDI – significado e atuação no cenário nacional, estrutura e modelo de organização sistêmica, governança corporativa, missão e visão – e sua importância e representatividade em relação aos outros sistemas organizados e integrados horizontal e verticalmente; a comparativa da representatividade dos sistemas organizados de forma sistêmica em relação ao cooperativismo de crédito do país e sua participação no mercado financeiro nacional.

ASSUNTO(S)

cooperativism cooperativa de crédito sistema de crédito cooperativo (sicredi). cooperativismo organization system governança corporativa integration management institutions self-help

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