Cooperação internacional e políticas de ação afirmativa: o papel da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS)
AUTOR(ES)
Maio, Marcos Chor, Pires-Alves, Fernando A., Paiva, Carlos Henrique Assunção, Magalhães, Rodrigo Cesar da Silva
FONTE
Cadernos de Saúde Pública
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010-07
RESUMO
O artigo analisa o processo de formulação, legitimação e implementação de uma política de recorte racial no âmbito da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). O trabalho compreende a emergência do tema no interior da organização internacional, a dinâmica institucional em torno da questão e as propostas centradas na população negra na América Latina. Essas são abordadas com base nas interações estabelecidas entre a OPAS e um conjunto de agências intergovernamentais e organizações privadas com atuação relevante no domínio da saúde internacional. O envolvimento da OPAS com a temática étnico-racial fornece elementos para entendimento do duplo papel desempenhado por organizações intergovernamentais no novo cenário global: como atores sociais e arenas. Como ator social importante no campo da saúde internacional, a OPAS produziu e disseminou valores e enunciados prescritivos relacionados com a temática étnico-racial. Como arena, a organização mostrou-se permeável a interesses de origens variadas, com sua burocracia interna procurando movimentar-se em sintonia com os mesmos.
ASSUNTO(S)
organização pan-americana da saúde agências internacionais cooperação internacional grupos Étnicos
Documentos Relacionados
- Parceiro relutante: as relações do Canadá com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS)
- A saúde na proposta de desenvolvimento da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL)/Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS)
- O valor da saúde: história da Organização Pan-Americana da Saúde
- Eleição para diretor geral da Organização Pan-Americana da Saúde, 2002
- O Brasil e a Organização Pan-Americana da Saúde: uma história em três dimensões