Conurbação e dispersão em aglomerações urbanas: desafios ao planejamento

Maurício Polidoro

As cidades brasileiras têm percorrido inúmeros percalços nas últimas décadas para abrigar a grande massa de população que se concentra nesses espaços em busca de uma possível melhoria na qualidade de vida e oportunidades econômicas. O despreparo das Prefeituras para agregar toda essa população tem refletido em impactos ambientais e desigualdades sociais, principais características destas localidades. Aquelas que concentram a maior parte da população - áreas e aglomerados urbanos e metropolitanos - são comumente as que apresentam os impactos e desigualdades mais evidentes, seja pelo planejamento e gestão inadequados ou pelas fracas políticas de desenvolvimento socioeconômico e ambiental. São cada vez mais evidentes as constantes tentativas de planejadores urbanos em criar mecanismos de controle do uso e ocupação do solo, porém, por mais eficazes que possam ser aquelas regiões com maior concentração populacional e fortes traços de aglomeração e conurbação, geralmente, não desenvolvem mecanismos integradores de planejamento do uso do solo. Neste sentido, a presente proposta objetiva, com o uso dos Sistemas de Informações Geográficas (SIG), analisar o processo temporal de constituição do aglomerado urbano de Londrina (Paraná, Brasil) e avaliar, através da evolução de loteamentos, do zoneamento, disposição de infraestrutura e outros dados pertinentes como as relações intermunicipais ocorrem e demonstrar que a falta de integração entre os municípios na constituição dos instrumentos do controle do uso e ocupação do solo podem provocar inúmeros impactos para os aglomerados urbanos e metropolitanos e como consequência inúmeras dificuldades para o planejamento urbano.

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