Controle do câncer de mama no estado de São Paulo: uma avaliação do rastreamento mamográfico

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FONTE

Cad. saúde colet.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-03

RESUMO

Resumo Introdução O câncer de mama é o mais incidente, prevalente e com maior taxa de mortalidade entre as neoplasias malignas que acometem mulheres em todo o mundo, excluindo câncer de pele não melanoma. No Brasil, com exceção da região Norte, representa a mais frequente neoplasia maligna feminina. Objetivo Estimar a cobertura de mamografias e analisar a qualidade e adequação às diretrizes técnicas nacionais do exame mamográfico em mulheres residentes na Região Metropolitana (RM) ou Interior do Estado (IE) de São Paulo, entre 2010 e 2012 Método Estudo descritivo realizado a partir de dados do SISMAMA e SIA-SUS referentes ao período de 2010 a 2012. Resultados Na RM paulista, não foi atingida a meta preconizada para a razão de mamografias em 2011 e 2012. Foi observado aumento do tempo de espera para acesso à mamografia diagnóstica e para a liberação deste resultado, e redução da capacidade de confirmação diagnóstica para as lesões suspeitas de malignidade no triênio. Já no IE, a meta preconizada para a razão de mamografias foi alcançada durante o período avaliado, com melhora da cobertura de biópsias em 2012. Em ambos (RM e IE), foi constatado elevado percentual de mamografia realizada fora da faixa etária preconizada (cerca de 35%). Conclusão Os resultados evidenciam a necessidade de adequações no rastreamento realizado no estado de São Paulo para que as ações de detecção precoce sejam efetivas. Destaca-se a importância da implantação de um rastreamento organizado e do aprimoramento do sistema de informação em saúde que possibilite o monitoramento e avaliação das ações, e contribua para o aperfeiçoamento da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer de Mama.

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