Controle de Footrot em reanho ovino no estado do Rio Grande do Sul: uso de vacina autógena e resposta sorológica

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

O objetivo desta dissertação de mestrado foi avaliar a eficácia de uma vacina autógena no controle do footrot (FR) dos ovinos, para tanto foram desenvolvidos dois experimentos em duas propriedades rurais distintas, no Estado do Rio Grande do Sul (RS). O primeiro experimento foi conduzido em uma propriedade rural do município de Santiago, com um extenso histórico de surtos de footrot no rebanho ovino. Inicialmente foi colhido material infeccioso presente no rebanho para a produção de uma vacina autógena, posteriormente 347 ovelhas foram vacinadas (grupo V) com duas doses da vacina com 30 dias de intervalo, a dose foi 2 ml por via subcutânea. Desse grupo, 150 animais receberam a vacina na região axilar (grupo Va) e 197 animais receberam a vacina na região inguinal (grupo Vb). Um grupo de 75 ovelhas formou o grupo controle (grupo C) sem vacinação. Os dados mostraram que a prevalência do FR no grupo V que inicialmente era de 4%, sofreu uma redução para 2% na semana 23, chegando à zero na semana 30. No grupo C a prevalência de animais infectados foi de 6,7% no início do experimento, teve uma redução para 5,3% na semana 23 e ao final estava em 3,7%. Observou-se uma redução gradativa no número de ovinos infectados nos dois grupos, entretanto a eliminação seletiva ocorrida no grupo controle prejudicou a análise estatística dos dados. Amostras de sangue foram colhidas da jugular dos animais para verificar títulos de anticorpos aglutinantes contra o antígeno presente na propriedade em cinco ocasiões durante o experimento. Os resultados mostraram diferenças significativas (p<0,001) entre os títulos de anticorpos aglutinantes contra Dichelobacter nodosus no soro de ovinos vacinados e não vacinados durante o experimento. A análise das reações vacinais locais apontou a região inguinal como o melhor local para a aplicação da vacina com adjuvante oleoso por via subcutânea e também demonstrou uma relação direta entre a idade dos ovinos e o percentual de reações vacinais locais e a severidade dessas reações. Os resultados sugerem que a vacina autógena com adjuvante oleoso obteve sucesso no controle da doença. O segundo experimento foi conduzido em uma propriedade rural do município de Glorinha, com o objetivo de avaliar a resposta imunológica provocada por uma vacina monovalente e por uma vacina polivalente (7 sorogrupos) contra o FR. Trinta fêmeas ovinas, com idades variadas, foram divididas aleatoriamente em 3 grupos de 10 animais: grupo controle (C) que não foi vacinado, grupo vacinado com vacina monovalente (Vm) e grupo vacinado com vacina polivalente (Vp). Os ovinos vacinados receberam duas doses com quatro semanas de intervalo, a dose foi de 2 ml por via subcutânea na região inguinal. Amostras de sangue foram colhidas da jugular dos animais para verificar títulos de anticorpos aglutinantes contra o D. nodosus em quatro ocasiões durante o experimento. Os resultados mostraram diferenças significativas (p<0,001) entre os títulos médios geométricos (GMT) de anticorpos aglutinantes contra D. nodosus no soro de ovinos dos grupos Vm, Vp e C na quarta, sétima e 12ª semanas do experimento. Em relação aos títulos médios geométricos (GMT) entre os grupos Vm e Vp houve diferenças estatisticamente significativas na quarta e sétima semanas. A vacina monovalente induziu títulos de aglutininas superiores contra o D.nodosus em comparação com a vacina polivalente.

ASSUNTO(S)

foot-rot footrot autogenous oil-adjuvant vaccine producao animal : ruminantes sanidade animal vaccine reactions sheep ovinos : vacinas doença : prevenção e controle

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