Controle da transmissão vertical de doenças infecciosas no Brasil: avanços na infecção pelo HIV/AIDS e descompasso na sífilis congênita
AUTOR(ES)
Ramos Jr., Alberto Novaes, Matida, Luiza Harunari, Saraceni, Valéria, Veras, Maria Amélia de S. M., Pontes, Ricardo José Soares
FONTE
Cadernos de Saúde Pública
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007
RESUMO
No Brasil, a infecção pelo Treponema pallidum e pelo vírus da imunodeficiência humana são eventos considerados prioritários. No entanto, apesar das políticas públicas, a resposta em termos das ações de vigilância e prevenção, assistência pré-natal e ao recém-nascido, é diferenciada, parecendo ser mais bem estruturada para a redução da transmissão vertical do HIV do que para a do T. pallidum. No presente artigo, potenciais diferenças são analisadas quanto ao desenvolvimento das ações. Identificou-se que as desigualdades existentes na atenção aos dois problemas apresentam dimensões diferenciadas nas regiões do país. Reconheceu-se a necessária e urgente priorização da sífilis na gravidez, envolvendo áreas técnicas como atenção básica, saúde da mulher, saúde da criança e controle de doenças sexualmente transmissíveis, em todas as esferas de governo. Emerge como questão relevante no encaminhamento do problema a formação de profissionais de saúde e a mobilização da sociedade na perspectiva do controle. É ainda necessário inserir o tema e formas de enfrentamento na agenda de gestão. A eliminação da sífilis congênita requer insumos de baixo custo, bem como ações sustentáveis em longo prazo.
ASSUNTO(S)
cuidado pré-natal transmissão vertical de doença sífilis congênita hiv síndrome de imunodeficiência adquirida
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