Controle da mamite subclínica de vacas em lactação através da antibioticoterapia

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2000

RESUMO

Neste trabalho foi avaliada a eficiência da antibioticoterapia como estratégia para o controle de mamite subclínica em vacas em lactação. Foram tratados 86 tetos infectados de 39 animais em três propriedades leiteiras, divididos em fases de lactação de 15 a 100 dias e 101 a 200 dias. Foram aplicadas, duas ou três doses de 250 mg de cefacetril sódico (cefalotina) por via intramamária. A droga permaneceu 24 horas dentro dos quartos de úbere dos animais tratados. Vinte e oito tetos de 14 animais infectados foram mantidos como controle sem tratamento. Os grupos de animais tratados e controle foram avaliados nos dias 0, 14, 25 e 40 após o tratamento através das provas de California Mastitis Test (CMT), contagem de células somáticas (CCS), isolamento e identificação de patógenos e produção leiteira. Entre os patógenos encontrados, o Staphylococcus aureus e Staphylococcus Coagulase-Negativo, foram os microrganismos mais isolados (43,14%), seguidos por Bacillus spp, Corynebacterium bovis, Streptococcus uberis e Escherichia coli. Após 14 dias de tratamento houve uma redução de 61,4% das infecções intramamárias, assim como uma acentuada diminuição da CCS e reações positivas ao CMT, nos grupos tratados, nos dois períodos de lactação. Entre os dias 25 e 40 após tratamento, estas diferenças não foram significativas (p>0,05). Ocorreram recidivas ou reinfecções entre os tetos tratados. Em relação a produção de leite não houve ganhos efetivos entre os animais tratados (p>0,05). Pode-se concluir que a antibioticoterapia durante a lactação não foi efetiva para o controle das mamites subclínicas, mesmo em animais que apresentaram altas contagens de células somáticas.

ASSUNTO(S)

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