Controle biológico de Ecdytolopha aurantiana (Lima, 1927) (Lepidoptera: Tortricidae) com Trichogramma atopovirilia Oatman &Platner, 1983 / Biological control of Ecdytolopha aurantiana (Lima, 1927) (Lepidoptera: Tortricidae) with Trichogramma atopovirilia Oatman &Platner, 1983

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2005

RESUMO

Baseando-se em estudos de seleção de linhagens, comportamento, liberação e avaliação de parasitismo, incluindo-se técnicas de marcação com radioisótopos 32P, objetivou-se, nesta pesquisa, verificar em laboratório e no campo, a espécie de Trichogramma mais eficiente para o controle de Ecdytolopha aurantiana (Lima, 1927). Assim, verificou-se em laboratório que Trichogramma atopovirilia Oatman &Platner, 1983, quando comparada com T. pretiosum Riley, 1879, foi a espécie com maior potencial para o controle desta praga. Foi observado que T. atopovirilia apresentou um maior parasitismo na faixa de 20 a 30°C quando comparado às temperaturas de 10, 15 e 35°C, sendo que nesta faixa (15 a 35°C) o parasitismo aumentou a partir de 2 horas de exposição. Houve aumento no parasitismo e na longevidade dos parasitóides, quando foi oferecida uma fonte de alimento (mel puro) aos adultos, logo após a emergência. O parasitismo foi também superior nos ovos mais novos, especialmente, aqueles com 24 horas de desenvolvimento embrionário, comparados aos de 48 e 72 horas, respectivamente, o que pode auxiliar na definição do momento de liberação dos parasitóides no campo. A dosagem do radioisótopo 32P, utilizada para a marcação de espécimens de Trichogramma não interferiu na aceitação e parasitismo de ovos de E. aurantiana e no desenvolvimento dos parasitóides na geração subseqüente. Em condições de campo, o número de parasitóides a serem liberados foi variável dependendo da época do ano. Assim, foram necessários 72 e 288 parasitóides por ovo, nos períodos de abril a junho e de julho a setembro, respectivamente. O grande número de aerópilas presente nos ovos de E. aurantiana facilita o seu ressecamento quando mantidos em substratos artificiais, afetando o comportamento do parasitóide e a sua capacidade de parasitismo em campo. O raio de dispersão e a eficiência de parasitismo em função da distância percorrida por T. atopovirilia foram determinados usando-se o marcador 32P na dosagem determinada. Houve diminuição do parasitismo com o aumento da distância do ponto inicial de liberação dos parasitóides. Observou-se, que nas primeiras 24 horas, as maiores taxas de parasitismo de T. atopovirilia ocorreram entre 8 e 10 m do ponto central de liberação, correspondendo a uma área de 171 m2 de dispersão para os pomares cítricos. Baseando-se nestes resultados, serão necessários 60 pontos de liberação por unidade de área (ha), para viabilizar o uso de T. atopovirilia como uma estratégia de controle biológico de E. aurantiana.

ASSUNTO(S)

biologia biology biological control controle biológico radioisótopo bicho-furão-dos-citros citrus fruit borer radiosotopes

Documentos Relacionados