CONTROLE ALTERNATIVO DA ANTRACNOSE DURANTE A PÓS-COLHEITA DE GOIABAS PALUMA SIMULANDO ARMAZENAMENTO E A COMERCIALIZAÇÃO.

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

25/04/2012

RESUMO

O Brasil é um dos maiores produtores mundiais de frutas, tendo a cultura da goiabeira grande importância na alimentação da população por apresentar grandes quantidades de vitaminas, além de carboidratos e carotenóides. A pós-colheita da goiaba pode ser considerada como um problema para a ampliação da participação de Sergipe na comercialização desta fruta em outras regiões do país. O controle alternativo de doenças fúngicas assume papel importante na busca de mercados consumidores mais exigentes por produtos saudáveis e de procedência conhecida. Desta forma o objetivo deste trabalho foi desenvolver e aprimorar uma técnica que possibilite o armazenamento de goiabas por períodos prolongados, sem o uso de agroquímicos e com excelente qualidade pós-colheita, de forma a reduzir os custos e aumentar a segurança alimentar. Pelo processo de hidrodestilação foi obtido o óleo essencial de sementes de aroeira da praia sendo verificado o rendimento do óleo em diversos períodos de destilação sendo o período de 2,5h de destilação o recomendado para essa planta. Esse que teve a sua composição química determinada através de análise em cromatógrafo gasoso. Os componentes encontrados em maior quantidade no óleo foram: ρ-Menth-1-em-9-ol, α-Thujene, β-Pinene, Camphene, α Fenchene, Terpinen-4-ol acetate, Bornyl Acetate, Cariophilene, Terpinen-4-ol , α-Terpineol, Germacrene D, δ-Cadinene, Hedycariol, α Gurjunene, α-Eudesmol, β-Eudesmol. Em placas de Petri contendo meio de cultura BDA acrescido de diversas concentrações do óleo essencial de aroeira da praia foram depositadas estruturas miceliais do fungo Colletotrichum gloeosporioides para a determinação da menor concentração inibitória (MCI) do óleo, onde se verificarou uma inibição de aproximadamente 47% no desenvolvimento do fungo nas concentrações de 2%, 3%, 4%, 5% do óleo no meio de cultura, sendo recomendada a concentração de 2% de óleo essencial para testes in vivo. Frutos de goiabeira colhidos fisiologicamente maduros foram inoculados com o fungo causador da antracnose e tratados com óleo essencial de aroeira da praia 3% sendo acondicionados em baixa temperatura (15 C) e temperatura ambiente (25 C) com o intuito de avaliar o período de armazenamento e comercialização da goiaba e também o desenvolvimento do fungo frente o óleo essencial. Verificou-se perda de massa fresca nos frutos e pouca variação nos valores de sólidos solúveis durante todo o período de armazenamento. As goiabas apresentaram perda de firmeza significativa já no 5 dia de armazenamento. Houve alteração significativa na coloração da casca e da polpa das goiabas durante o armazenamento, comportamento já esperado para essa variedade de goiaba. O óleo essencial retardou o surgimento de lesões características da antracnose em 3 dias quando comparado com o fungicida utilizado no experimento. Foi comprovado o acúmulo de prolina nas goiabas durante o período de pós-colheita, o que pode ter relação com a perda de massa fresca e com o desenvolvimento da antracnose em goiabas.

ASSUNTO(S)

psidium guajava hidrodestilação pós-colheita antracnose agronomia psidium guajava hydrodistillation post-harvest anthracnose

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