Contribuição das quimiocinas no diagnóstico da mielorradiculopatia esquistossomótica

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

A mielorradiculopatia esquistossomótica (MRE) é a forma ectópica mais comum da infecção pelo Schistosoma mansoni e a sua manifestação neurológica mais freqüente. Este estudo avaliou a contribuição da dosagem sérica e liqüórica de quimiocinas no diagnóstico da MRE. Selecionaram-se 15 pacientes com diagnóstico de MRE, atendidos no complexo do Hospital das Clínicas da UFMG, de março de 2000 a agosto de 2001. Para as dosagens séricas participaram 10 voluntários sadios pareados por idade e 20 pacientes com esquistossomose sem envolvimento neurológico. Coletou-se também líqüor de cinco pacientes com mielopatia associada ao HTLV-1/paraparesia espástica tropical (HAM/TSP) e de 10 controles sadios. Dosaram-se IL-4, IL-13, CCL2, CCL3, CCL11, CCL24 e CXCL10 no soro e no líqüor dos pacientes, utilizando-se a técnica de ELISA. Os pacientes com MRE apresentaram níveis liqüóricos de IL-13 mais elevados do que os portadores de HAM/TSP e controles sadios. Nos portadores de esquistossomose nas formas intestinal, hepatoesplênica e mielorradicular detectaram-se níveis séricos elevados de CCL11 e CCL24, quando comparados a controles sadios. As concentrações liqüóricas de CCL2 e CXCL10 foram semelhantes entre os controles sadios e portadores de MRE, mas CXCL10 mostrou-se aumentada nos pacientes com HAM/TSP. Níveis séricos elevados de CCL11 e CCL24 associados a níveis liqüóricos elevados de IL-13 e baixos de CCL2 e CXCL10 contribuem para o diagnóstico de neuroesquistossomose.

ASSUNTO(S)

esquistossomose mansoni decs. testes sorológicos decs. schistosoma mansoni/patogenicidade decs. medicina tropical teses. neuroesquistossomose/diagnóstico decs. quimiocinas/administração &dosagem decs. paraparesia tropical espástica decs. elisa decs.

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