Contribuição da catodoluminescência para o entendimento da diagênese da formação Jandaíra: áreas do campo de petróleo da fazenda Belém e Lajedo do Rosário
AUTOR(ES)
Severino Fernandes Neto
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
16/12/2009
RESUMO
O objetivo geral deste trabalho foi contribuir para a compreensão da evolução química dos fluidos percolantes através das rochas carbonáticas da Formação Jandaíra. As condições oxidantes e redutoras nas quais grãos, matriz e cimento foram formadas foi investigada usando a técnica da catodoluminescência (CL). A área de estudo localiza-se a oeste da Bacia Potiguar (Campo da Fazenda Belém) e no Lajedo do Rosário (Município de Felipe Guerra, Estado do Rio Grande do Norte, Brasil). As análises das lâminas delgadas das rochas carbonáticas sob CL revelou que grãos (aloquímicos ou não) e produtos diagenéticos (micritização, dolomitização, neomorfismo e cimentação) exibiu desde ausência de luminescência à várias cores de luminescência (amarela, laranja, vermelha, marrom e azul) numa variedade de intensidades . Como a calcita pura mostrou luminescência azul escuro, a ocorrência de diferentes cores de luminescência em cristais de calcita sugere um ou mais defeitos pontuais nos cristais tais como elétrons livres, espaços livres e impurezas. O tingimento das lâminas delgadas com alizarina e ferrocianeto de potássio revelou ausência de carbonatos ferrosos nos diferentes litótipos da Formação Jandaíra. Portanto, as diferentes cores e intensidades de CL observada nestas rochas são provavelmente causadas pela presença de íons ativadores tais como Mn2+ e não uma combinação ativador / inibidor. Da mesma forma, a ausência de luminescência é muito provavelmente causada pela ausência de íons ativadores e não devido a uma baixa concentração de íons inibidores tais como Fe2+. A incorporação do Mn2+ nos diferentes constituintes da Formação Jandaíra deve ter sido controlada através do estado redox do meio ambiente deposicional e diagenético. Portanto é possível que os constituintes luminescentes tenham se formados (Ex: oóides) ou tenham sido modificados (Ex: neomorfismo de gastrópodes) sob condições redutoras no meio ambiente deposicional, em subsuperfície durante o soterramento, ou, no caso das amostras do Lajedo do Rosário, durante o pós-soterramento, no retorno às condições superficiais. No que diz respeito às mudanças bruscas de luminescência baixa para moderada e forte, estas características devem indicar a precipitação de um fluido com flutuações químicas, nas quais formou freqüentes zonações no cimento blocoso das amostras do Lajedo do Rosário. Este estudo sugere que as diferentes intensidades e cores de CL deve ser correlacionado com o conteúdos de Mn2+ e Fe2+ e isótopos estáveis das amostras para determinar a salinidade, temperatura, pH e Eh durante deposição
ASSUNTO(S)
formação jandaíra carbonatos catodoluminescência bacia potiguar engenharias jandaíra formation cathodoluminescence carbonates potiguar basin
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