Contribuição a genese da mineralização de cobre de Caraiba, Bahia : relações estruturais e parageneticas

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

1995

RESUMO

O terreno Paleoproterozóico (Transamazônico) de alto grau do Vale do Rio Curaçá (município de Jaguarari-Ba) é composto de três unidades litológicas distintas, denominadas, (i): A sequência Supracrustal, composta por paragnaisses (biotita gnaisses, hiperstênio gnaisses) intercalados com anfibolitos, quartzitos, mármores e formação ferrífera;(ii) a sequência dos granitóides composta pela suíte dos ortognaisses tonalíticos e granodioritos e pela suíte granítica, e (iii) os corpos máfico-ultramáficos mineralizados em cobre. Do ponto de vista estrutural, a região foi submetida a um evento tectônico Transamazônico, que foi separado em duas fases de deformação progressivas: 1) A primeira Dn está associada a uma tectônica tangencial em condições de fácies anfibolítica a granulítica; 2) A segunda Dn + 1 associada uma tectônica direcional de caráter sinistral em grau anfibolito alto até xisto verde. Esta última foi acompanhada de grande aporte de fluidos. A mineralização de cobre esta hospedada em rochas máfico-ultramáficas intrusivas (hiperstenitos e noritos) colocadas na forma de diques, veios e corpos irregulares durante a segunda fase de deformação. Com base nos sulfetos e óxidos presentes, foram identificadas duas paragêneses denominadas do tipo I e tipo 11. A primeira é constituída por calcopirita, bornita, magnetita, ilmenita e hercinita; e a segunda composta por calcopirita, pirrotita, pentlandita, macknawita, cubanita e magnetita. Estas paragêneses foram interpretadas como resultantes da diferenciação do magma original, em condições de fugacidades de oxigênio diferentes, antes de sua colocação final. As rochas máfico-ultramáficas foram metamorfisadas e deformadas, e como resultado houve mobilização dos sulfetos, resultando em concentração da mineralização. Evidências de mobilização mecânica são mostradas por cicatrização de fratura de calcopirita e pirrotita em silicatos. Feições de deformação em piroxênios foram principalmente devido a deslizamento dos deslocamentos e estão representadas por extinção ondulante, bandas de deformação, kinks, formação de grãos e subgrãos e geminação mecânica (raras). Análises de microssonda eletrônica nos grãos velhos e novos mostram uma pequena diferença composicional que foi associada a processo de nucleação. Através das feições em macro e microescala observadas nas rochas mineralizadas e nas rochas encaixantes foi considerado que a colocação dos corpos máfico-ultramáficos ocorreu durante o evento Dn + 1, e que o metamorfismo e a deformação posteriores proporcionaram a mobilização de sulfetos na forma de bolsões e veios resultando numa distribuição heterogênea da mineralização

ASSUNTO(S)

cobre - metamorfismo (geologia) - bahia sulfetos

Documentos Relacionados