CONTEMPORALIS HOMO SACER: BARREIRAS DA POPULAÇÃO TRANS PARA ACESSAR AOS SERVIÇOS DE SAÚDE

AUTOR(ES)
FONTE

Texto contexto - enferm.

DATA DE PUBLICAÇÃO

21/09/2017

RESUMO

RESUMO Objetivo: examinar as experiências vivenciadas por parte de pessoas auto-identificadas como trans para acessar aos cuidados de saúde mental e, em particular, sua percepção de barreiras de acesso. Métodos: estudo qualitativo que utilizou a análise fenomenológica interpretativa (IPA) e a teoria Tanatopolítica de Giorgio Agamben como referencial teórico. Foram realizadas 11 entrevistas individuais e semi-estruturadas entre dezembro de 2009 e janeiro de 2010. Resultados: em nossa análise, identificamos as seguintes principais barreiras em relação ao acesso aos sistemas de saúde: desempenho dos profissionais de saúde e; as politicas de invisibilização e apagamento. Através das experiências analisadas, identificamos a existência de um despotismo panóptico (psiquiátrico) liderado por instituições de saúde, prestadores de cuidados de saúde e políticas públicas. A psiquiatria tanatopolítica e outras estratégias de apagamento passivo têm um impacto cumulativo porque os trans-corpos não são contados nem reconhecidos como indivíduos saudáveis com condições de saúde específicas. Conclusão: os achados demostram que, embora tenha havido algum progresso com relação ao acesso aos serviços de saúde canadense, ainda existem inúmeros desafios para superar as barreiras de acesso.

ASSUNTO(S)

transsexualidade acessibilidade aos serviços de saúde pesquisa qualitativa saúde pública identidade de género

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