Consumo excessivo de álcool entre mulheres transgênero numa cidade brasileira
AUTOR(ES)
Kerr-Corrêa, Florence, Pinheiro Júnior, Francisco Marto Leal, Martins, Telma Alves, Costa, Daniel Lucas da Conceição, Macena, Raimunda Hermelinda Maia, Mota, Rosa Maria Salani, Yaegaschi, Marcelle Yumi, Carneiro, Kalina Lívia Lopes, Kendall, Carl, Kerr, Ligia Regina Franco Sansigolo
FONTE
Cad. Saúde Pública
DATA DE PUBLICAÇÃO
03/04/2017
RESUMO
Resumo: Informação sobre uso de álcool entre mulheres transgêneros são escassas. Estimamos a prevalência do uso perigoso de álcool nos últimos 12 meses entre mulheres transgêneros chamadas travestis no Brasil, e identificados os fatores de risco associados. Trezentas travestis foram recrutadas utilizando Respondent Driving Sampling (RDS). Aplicamos o Alcohol Use Disorders Identification Test (AUDIT). Controlamos a amostragem, com um peso aplicado a cada entrevistada. Três quartos (74,2%) das travestis eram bebedores regulares, metade (48,7%) obteve > 8 no AUDIT e 14,8% obtiveram > 20. Fatores de risco para o uso de risco de álcool foram: > 24 anos, baixa renda, raça negra, viver com a família, ter feito sexo por dinheiro, uso de drogas ilícitas nos últimos seis meses e sexo desprotegido. O uso perigoso de álcool é prevalente entre travestis. Tendo em vista que este grupo possui maior risco para a infecção e transmissão de HIV, e que o uso perigoso de álcool foi associado ao sexo inseguro, são necessárias estratégias de intervenção específicas.
ASSUNTO(S)
consumo de bebidas alcoólicas pessoas transgênero travestismo
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