Consumo de nutrientes, comportamento ingestivo, caracterÃsticas de carcaÃa e de componetes nÃo-carcaÃa de ovinos Santa Ines alimentados com diferentes nÃveis energÃticos / Nutrient intake, ingestive behavior, carcass characteristics and components non- carcass of Fed lamb with different energy levels

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

12/04/2010

RESUMO

Objetivou-se com o presente estudo avaliar o consumo de nutrientes, comportamento ingestivo, ganho mÃdio diÃrio de peso (GMD), conversÃo alimentar (CA), eficiÃncia alimentar (EA), caracterÃsticas de carcaÃa, cortes comerciais, categorias de cortes comerciais, peso dos ÃrgÃos internos, conteÃdo e compartimentos gastrintestinais, peso e rendimento da buchada e panelada de ovinos Santa InÃs em crescimento, alimentados com diferentes nÃveis de energia metabolizÃvel (EM). Utilizaram-se 20 animais ovinos Santa InÃs, nÃo-castrados, com peso vivo mÃdio de 13  0,56 kg e idade mÃdia de 50 dias, que foram distribuÃdos em quatro tratamentos com diferentes nÃveis energÃticos (2,08; 2,28; 2,47 e 2,69 Mcal de EM/kg de MS), em delineamento em blocos casualizados, com cinco repetiÃÃes. O feno de Tifton 85 foi utilizado como volumoso. Quando os animais de cada tratamento atingiram o peso mÃdio de 28 kg, foram abatidos e os pesos das caracterÃsticas de carcaÃa e dos cortes comercias, assim como dos ÃrgÃos e das vÃsceras registrados foram comparados com as mesmas variÃveis dos animais controle (alimentados com 2,08 Mcal de EM/kg de MS â menor nÃvel energÃtico). Foram ajustadas equaÃÃes de regressÃo para verificar o efeito do nÃvel de EM na dieta sobre os pesos de cada ÃrgÃo e vÃsceras. Foi detectado efeito linear crescente dos nÃveis de energia metabolizÃvel (P<0,05) sobre consumo de matÃria seca, matÃria orgÃnica, proteÃna bruta, extrato etÃreo, carboidratos nÃo-fibrosos e nutrientes digestÃveis totais, expressos em g/dia. O consumo de FDN (%PV e g/kg0,75) decresceu linearmente (P<0,05) com o aumento dos nÃveis de energia nas raÃÃes, devido à reduÃÃo no teor de FDN na matÃria seca total das raÃÃes. Os tempos de alimentaÃÃo e mastigaÃÃo total, expressos em h/dia, diminuÃram linearmente (P<0,05) com os nÃveis energÃticos das raÃÃes experimentais, no entanto o tempo de Ãcio aumentou linearmente (P<0,05), enquanto o tempo de ruminaÃÃo nÃo foi influenciado (P>0,05). As variÃveis: nÃmero de bolos ruminais, nÃmero de mastigaÃÃes merÃcicas, nÃmero de mastigaÃÃes merÃcicas por bolo ruminal e tempo de mastigaÃÃes merÃcicas por bolo ruminal, nÃo foram influenciados (P>0,05) pelos nÃveis de energia metabolizÃvel nas raÃÃes. Foi verificado efeito linear crescente (P<0,05) do plano nutricional sobre o GMD, com valores de 86,60; 120,14; 142,19 e 161,76 g/dia para os nÃveis de 2,08; 2,28; 2,47 e 2,69 Mcal de EM/kg de MS, respectivamente. Registrou-se efeito significativo das raÃÃes sobre a CA e EA. A perda ao jejum, rendimento verdadeiro, rendimentos de carcaÃa quente e fria, assim como perda por resfriamento, expressas em kg e porcentagem, nÃo foram influenciados (P>0,05) pelos nÃveis energÃticos das raÃÃes. Quanto aos pesos de carcaÃa quente e fria, bem como o peso do corpo vazio, expressos em kg, observou-se efeito linear crescente (P<0,05) à medida que aumentaram os nÃveis de energia metabolizÃvel nas raÃÃes experimentais. Os nÃveis energÃticos influenciaram o rendimento de costela e paleta (P<0,05). Para os cortes de primeira categoria, expressos em kg e porcentagem, e de terceira categoria, expressos apenas em porcentagem, constataram-se por intermÃdio de anÃlise de regressÃo, que os nÃveis energÃticos nas raÃÃes nÃo influenciaram (P>0,05) o peso desses cortes. Jà o corte de segunda categoria, expresso em kg e percentual, foi influenciado (P<0,05) pelos nÃveis de energia metabolizÃvel nas raÃÃes. NÃo foi observada influÃncia (P>0,05) dos nÃveis de energia metabolizÃvel sobre os pesos do coraÃÃo e pulmÃes, expressos em kg e porcentagem, assim como o peso do conteÃdo do trato gastrointestinal (P>0,05), expresso em kg e porcentagem. Houve aumento linear (P<0,05) para os pesos, em kg e porcentagem, do fÃgado. Detectou-se, aumento quadrÃtico e linear (P<0,05) para os pesos, em kg e porcentagem, dos rins e baÃo. Entretanto, nÃo foi observado influÃncia (P>0,05) dos nÃveis energÃticos das raÃÃes experimentais sobre os pesos, em kg, do rÃmen-retÃculo e omaso bem como para o abomaso, em kg e porcentagem, e para o intestino delgado, expresso em porcentagem. Jà para o peso do rÃmen-retÃculo e omaso, expressos em porcentagem, observou-se um decrÃscimo linear (P<0,05), com o aumento dos nÃveis de EM. O peso do intestino delgado, em kg, foi influenciado positivamente (P<0,05) em funÃÃo dos nÃveis de EM das raÃÃes experimentais. Jà para os pesos, em kg e porcentagem, do intestino grosso, foi observado um aumento linear e quadrÃtico (P<0,05), respectivamente, à medida que se aumentava os nÃveis de EM nas raÃÃes experimentais. Neste estudo, foi observado efeito significativo (P<0,05) para os pesos, em kg e porcentagem, das gorduras perirenal, mesentÃrica e do coraÃÃo. O aumento dos nÃveis de energia metabolizÃvel influenciou significativamente (P<0,05) o peso da buchada, que aumentou conforme elevaram os nÃveis de concentrado. No entanto, houve efeito quadrÃtico (P<0,05) no rendimento e sua derivaÃÃo ajustou-se a um ponto de mÃxima no nÃvel de 2,69 Mcal de EM/kg de MS, no qual manteve o melhor rendimento. Os nÃveis energÃticos tiveram efeito significativo, tambÃm (P<0,05) sobre o peso e rendimento da panelada, expresso em kg e porcentagem, respectivamente. O aumento dos nÃveis de energia metabolizÃvel das raÃÃes influencia o consumo de nutrientes e comportamento ingestivo, melhora a conversÃo alimentar, eficiÃncia alimentar e maximiza o ganho de peso, peso dos cortes de segunda categoria, em porcentagem e quilogramas, e de terceira categoria, em quilogramas, assim como o peso dos ÃrgÃos internos e o peso e rendimento da buchada e panelada de ovinos Santa InÃs em crescimento.

ASSUNTO(S)

zootecnia confinamento conteÃdo gastrintestinal cortes comerciais commercial cuts feedlot gastrointestinal content internal organs roughate:concentrate ratio confinamento (animais) ovino - pesos e medidas ovino - engorda conteÃdo gastrointestinal

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