Construindo vidas na diáspora. Os africanos da cidade do Desterro, Ilha de Santa Catarina (Século XIX)

AUTOR(ES)
FONTE

História

DATA DE PUBLICAÇÃO

2013-06

RESUMO

Este artigo tem como objetivo evidenciar e analisar os vínculos parentais estabelecidos por escravos e libertos de procedência africana, sujeitos de diferentes categorias sociais e origens étnicas, no contexto de uma cidade portuária ao Sul do Brasil: Nossa Senhora do Desterro, localizada na Ilha de Santa Catarina. O ponto de partida do artigo é a trajetória de vida, construída a partir de alguns indícios, do africano forro Francisco de Quadros, da africana Catharina, de nação Benguela, e de Francisco de Siqueira, os quais, no contexto do século XIX, estabeleceram relações de solidariedade e vínculos familiares. A partir de suas trajetórias, nossa intenção é descortinar outras inúmeras experiências de vida das populações de origem africana na cidade. Partimos do princípio de que os estabelecimentos de vínculos parentais constituem, num contexto escravista, uma maneira de criar esperanças, de possibilitar a sobrevivência e de reinventar as identidades. Os africanos, ao criar seus vínculos familiares, conferiram sentido a suas vidas e marcaram de forma significativa o espaço social em que viviam.

ASSUNTO(S)

populações de origem africana vínculos familiares diáspora

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