Consequências da manipulação medular intraoperatória em cães com extrusão intervertebral de disco toracolombar
AUTOR(ES)
Diogo, C.C., Tudury, E.A., Bonelli, M.A., Araújo, B.M., Figueiredo, M.L. de, Fernandes, T.H.T., Silva, A.C., Baraúna Júnior, D., Santos, C.R.O., Amorim, M.M.A., Arias, M.V. Bahr
FONTE
Arq. Bras. Med. Vet. Zootec.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2017-11
RESUMO
RESUMO O presente trabalho teve como objetivo avaliar se contatos extradurais durante hemilaminectomia em cães com extrusão de disco intervertebral causariam piora neurológica no pós-operatório imadiato e/ou tardio. Dezenove cães com extrusão toracolombar de disco intervertebral foram submetidos à hemilaminectomia para descompressão medular e remoção do material extruso. Durante o procedimento cirúrgico, os contatos meningomedulares foram quantificados. Antes da cirurgia, 11/19 cães apresentavam paraplegia (com nocicepção) e 8/19 cães, paraparesia. Ao fim do estudo, apenas dois cães (2/19) mostravam paraplegia com dor profunda e um (1/19), paraparesia. Observou-se maior quantidade de contatos extradurais quando o material discal extruso encontrava-se em posição ventrolateral. Os contatos extradurais não mostraram influência estatística na evolução neurológica dos animais, bem como no tempo de recuperação das funções motora. Vinte e quatro e 48 horas após a cirurgia, 13/19 cães apresentavam o mesmo grau neurológico de antes da cirurgia. Após sete e 90 dias de pós-operatório, 13/19 e 17/19 demonstraram melhora neurológica em comparação com o pré-operatório, respectivamente. A quantidade de contatos extradurais não influenciou na recuperação neurológica dos cães. Esses achados indicam que uma inspeção minuciosa do canal vertebral pode ser recomendada, a fim de remover o máximo de material discal extruso, evitando-se piora neurológica por compressão medular.
ASSUNTO(S)
canino hérnia de disco hemilaminectomia medula espinal
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