Conselho fiscal e auditoria em cooperativas agropecuárias: uma análise sobre a adoção de práticas de monitoramento / Fiscal board and audit in agricultural cooperatives: an analisys of the monitoring praticies adoption level
AUTOR(ES)
Luciana Cardoso Siqueira
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
21/11/2011
RESUMO
A presente pesquisa analisa as práticas de governança corporativa indicadas aos seguintes mecanismos de monitoramento: (a) o conselho fiscal; (b) a auditoria externa e (c) a auditoria interna. Buscou-se verificar quão próximas as cooperativas agropecuárias estão do que é indicado pelos códigos de melhores práticas de governança. Utiliza-se como fundamentação teórica a perspectiva da firma como um conjunto de contratos em um contexto no qual pode existir delegação de parte do poder de controle e decisão dos ativos. Assim, analisa-se teoricamente as motivações para a adoção de estruturas de governança corporativa que desempenhem funções de monitoramento da gestão. Para tanto, considera-se a condição de incompletude dos contratos, os pressupostos comportamentais da racionalidade limitada e oportunismo dos agentes econômicos e o processo decisório em um contexto de propriedade coletiva. Nas análises, utilizou-se primeiramente as cooperativas agropecuárias constantes no banco de dados da FIPECAFI Melhores e Maiores entre os anos de 2005 e 2009. A amostra foi composta por 72 cooperativas para o período de cinco anos. Verifica-se que as empresas de auditoria externa que compõem o grupo das maiores apresentam menor representatividade no mercado de auditoria independente para cooperativas comparadas às menores empresas de auditoria constantes no banco de dados. Ainda, aplicou-se um questionário fundamentado nos Códigos de Melhores Práticas de Governança Corporativa do IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Cooperativa) e da OECD (Organization for Economic Co-operation and Development), sendo que o instrumento apresenta Alfa de Cronbach de 0,77. Verifica-se que as práticas e mecanismos de governança indicados em códigos de governança corporativa, apresentam níveis de adoção consideravelmente menores comparados àqueles presentes em lei, não sendo possível verificar tendência para adoção de práticas que não são regulamentadas na maior parte das cooperativas agropecuárias estudadas. Apesar de constatada maior adoção de práticas regulamentadas, os estudos de caso realizados em duas cooperativas comuns à amostra do banco de dados da FIPECAFI e do questionário apontam a tendência de cooperativas maiores implementarem práticas de governança corporativa não regulamentadas.
ASSUNTO(S)
agricultural cooperatives cooperativas agropecuárias corporate governance practices mecanismos de monitoramento monitoring mechanisms práticas de governança corporativa
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