Conhecimento, percepções e práticas relacionadas ao hiv/aids entre adolescentes da cidade de Vespasiano/MG

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

22/03/2011

RESUMO

Objetivos: Relacionar o conhecimento sobre o HIV/Aids ao comportamento sexual adotado pelos adolescentes da cidade de Vespasiano/MG. Métodos: Foi utilizado delineamento transversal com amostra aleatória e representativa de 1.158 adolescentes com idade entre 14 a 19 anos, matriculados em nove escolas públicas. Os sujeitos responderam a questionários estruturados e auto-aplicáveis. A análise dos dados envolveu estatística descritiva, testes de hipóteses (Qui-quadrado, Mann-Whitney e Kruskal-Wallis, Kendal e Teste Exato de Fisher). Foi significativa a diferença a entre idade da primeira relação sexual de rapazes (14,4 ± 1,8) e moças (15,1 ± 1,2), assim como a frequência de rapazes que já iniciaram a atividade sexual (60,1% dos rapazes e 40,5% das moças, respectivamente). Adolescentes do sexo masculino apresentaram maior adesão ao preservativo nas relações sexuais dos últimos seis meses. Escolaridade e classe econômica não se associaram a idade da primeira relação sexual e uso do preservativo. Indivíduos mais jovens (14 à 15 anos) apresentaram maior adesão a camisinha que os de idade superior (18 à 19 anos). Houve associação estatística entre o uso do preservativo na primeira relação sexual e a maior frequência de uso nas relações dos últimos seis meses. Conhecer o parceiro sexual reduziu a percepção do próprio risco relacionado às DST/Aids. Não houve associação estatística entre o conhecimento sobre HIV/Aids e o uso de preservativo, multiplicidade de parceiros e percepção do próprio risco para a infecção. Conclusões: O conhecimento não influenciou práticas sexuais seguras. Apesar dos rapazes terem iniciado primeiramente a atividade sexual, as moças apresentaram menor adesão ao preservativo. É necessário a implementação de ações que valorizem as especificidades de gênero e que trabalhem as percepções relacionadas ao comportamento sexual logo nos primeiros anos da adolescência. Nesse cenário, a atuação do profissional da saúde é estratégica, pela possibilidade da escuta qualificada e individualizada, permitindo assim, maior aproximação do universo de crenças e percepções relacionadas ao comportamento sexual dos jovens. Aproximar do imaginário dos adolescentes, compreender as particularidades de gênero e inserir o profissional da saúde, são ações estratégicas para redução da vulnerabilidade do HIV/Aids na população estudada

ASSUNTO(S)

comportamento sexual decs adolescente decs doenças sexualmente transmissíveis decs síndrome de imunodeficiência adquirida decs promoção da saúde decs saúde do adolescente decs conhecimentos, atitudes e prática em saúde decs ensino fundamental e médio decs dissertações acadêmicas decs dissertação da faculdade de medicina da ufmg.

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