Conhecimento de categorias semânticas em idosos normais: influência da escolaridade

AUTOR(ES)
FONTE

Dement. neuropsychol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2007-06

RESUMO

Resumo A memória semântica parece resistir aos efeitos do tempo e mantém estabilidade mesmo em idades mais avançadas. Objetivo: Verificar o efeito de escolaridade no conhecimento semântico de categorias inanimadas em idosos normais. Método: 48 indivíduos idosos foram divididos em três grupos baseados no nível de escolaridade e avaliados. Três testes foram aplicados: fluência verbal, nomeação e classificação de figuras. Resultados: Houve diferença significativa no desempenho dos grupos, nos três testes: fluência verbal, nomeação e categorização. Discussão: A diferença entre os grupos no teste de fluência verbal pode ser explicada pela disponibilidade de maior número de estratégias eficientes no grupo escolarizado, para resgatar os itens. Em relação ao teste de nomeação, a desvantagem do grupo menos escolarizado pode ser atribuída à restrição de vocabulário e habilidades para identificar os atributos semânticos dos itens, mais limitada nos indivíduos com menor escolaridade. Na categorização de figuras, o grupo com maior escolaridade apresentou maior número de "categorias formais", cujo conhecimento depende do aprendizado escolar. Conclusão: Os idosos com restrito acesso à instrução formal fornecida pela escola, apresentam desempenho pior nos testes de memória semântica, quando comparados com idosos escolarizados. O comportamento similar dos grupos analfabeto e pouco escolarizado é intrigante. Não sabemos se os indivíduos analfabetos se comportaram como os pouco escolarizados ou se os indivíduos pouco escolarizados se aproximaram dos analfabetos. Esta questão não respondida permanece como motivação para futuros estudos.

ASSUNTO(S)

memória idosos escolaridade linguagem.

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