Confiança, ECT e formas organizacionais : um framework aplicado na vitivinicultura da Serra Gaúcha e do Vale do São Francisco

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

Nas últimas décadas, ocorreram profundas reestruturações em diversas áreas, na ciência, na economia, na indústria, e conseqüentemente, nas organizações que compõem este cenário. A complexidade, velocidade e, competitividade existentes no cenário empresarial impõem a existência de formas organizacionais que permitam a rápida capacidade de aprendizagem e mudança. Existe espaço para justificar trabalhos de natureza teóricos e empíricos, ao se procurar verificar quais são os mecanismos de coordenação das formas híbridas, bem como verificar a efetividade da confiança, como um destes mecanismos e em que condições isto acontece. O foco central deste trabalho foi verificar o papel da confiança na definição de formas organizacionais. Por intermédio da elaboração de um framework, estudou-se a vitivinicultura brasileira, abrangendo a uva de mesa no Vale do São Francisco e o vinho na Serra Gaúcha. Além do foco central, as contribuições teóricas foram: trazer para o Agronegócio uma perspectiva mais abrangente de aplicação da Economia dos Custos de Transação, a elaboração de um conceito de coordenação a partir das abordagens presentes no framework, teste teórico e empírico a se confiança é um mecanismo de coordenação. A investigação baseou-se em dados coletados por meio de pesquisa bibliográfica e documental, observação direta, entrevistas, questionários aplicados a 120 produtores na Serra Gaúcha. O objetivo principal do estudo foi analisar o papel da confiança na identificação de formas organizacionais na vitivinicultura brasileira, por meio da construção de um framework com vistas a uma possível integração teórica entre a Confiança, Teoria Organizacional (relações de dependência e interdependências) e Economia dos Custos de Transação. Os resultados encontrados permitem considerar a confiança como fator primordial na identificação de formas organizacionais, uma vez que se pôde considerá-la como um mecanismo de coordenação. O framework proposto mostrou-se consistente na identificação dos tipos de mecanismo de coordenação, tipos de confiança, e formas organizacionais presentes no Vale do São Francisco e na Serra Gaúcha.

ASSUNTO(S)

agronegócios trust vitivinicultura transaction cost theory teoria organizacional organizational theory agribusiness relações interorganizacionais custos de transação viticulture

Documentos Relacionados