Confiabilidade de testes de caminhada em pacientes claudicantes: estudo piloto

AUTOR(ES)
FONTE

Jornal Vascular Brasileiro

DATA DE PUBLICAÇÃO

2008-06

RESUMO

CONTEXTO: Uma vez que a obstrução arterial periférica pode se apresentar de maneira difusa, com clínica diversa e com resultados de intervenção variados, é fundamental que a avaliação dos pacientes com doença arterial obstrutiva periférica seja feita com instrumentos que possam apresentar dados objetivos e reprodutíveis. OBJETIVO: Investigar e contrastar a confiabilidade do teste de caminhada de 6 minutos (T6M) com teste de deslocamento bidirecional progressivo (TDBP) em indivíduos claudicantes portadores de doença arterial obstrutiva periférica. MÉTODOS: Quatorze pacientes em estágio II de Fontaine participaram deste estudo piloto. Onze pacientes realizaram ambos os testes e três realizaram apenas T6M. Após familiarização, os pacientes foram avaliados em duas ocasiões distintas com intervalo máximo de 1 semana entre si. O coeficiente de correlação de intraclasse (ICC2,1) foi utilizado para avaliação da reprodutibilidade teste-reteste. RESULTADOS: A média da distância máxima de caminhada no teste e no reteste no T6M foi de 397,04±120,74 e 408,6±153,64 metros (p = 0,58), respectivamente, com ICC = 0,87 (p = 0,00005); já no TDBP, a média foi de 345±145,75 metros e, no reteste, de 345,91±127,97 (p = 0,92), com ICC = 0,99 (p = 0,00005). O tempo médio para surgimento da dor inicial, em segundos, com o T6M, foi de 172,25±88,23 (teste) e 148,58±70,36 (reteste) (p = 0,13), com ICC = 0,81 (p = 0,0004). No TDBP, o tempo médio foi de 282±141,90 (teste) e 267,14±150,58 (reteste) (p = 0,55), com ICC = 0,91 (p = 0,0008). CONCLUSÃO: Ambos os testes de caminhada são confiáveis e úteis para avaliação clínico-funcional desses pacientes. O TDBP, entretanto, gerou índices de confiabilidade mais elevados, podendo ser melhor opção para avaliação da performance desses indivíduos.

ASSUNTO(S)

confiabilidade dos testes claudicação intermitente caminhada

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