Concordância entre observadores no diagnóstico das doenças pulmonares intersticiais por imagens de TCAR
AUTOR(ES)
Antunes, Viviane Baptista, Meirelles, Gustavo de Souza Portes, Jasinowodolinski, Dany, Pereira, Carlos Alberto de Castro, Verrastro, Carlos Gustavo Yuji, Torlai, Fabíola Goda, D'Ippolito, Giuseppe
FONTE
Jornal Brasileiro de Pneumologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010-02
RESUMO
OBJETIVO: Determinar a concordância interobservador e intraobservador no diagnóstico de doenças pulmonares intersticiais (DPIs) por TCAR e o impacto da experiência dos observadores, dos dados clínicos e do grau de confiança nessas concordâncias. MÉTODOS: Dois radiologistas torácicos e dois gerais independentemente avaliaram imagens de TCAR de 58 pacientes com DPIs em dois momentos: antes e após da anamnese clínica. Os observadores selecionaram até três hipóteses diagnósticas para cada paciente e definiram o grau de confiança dessas hipóteses. Um dos radiologistas torácicos e um dos gerais reavaliaram as mesmas imagens até três meses após a primeira leitura. As análises estatísticas foram feitas utilizando o coeficiente kappa. RESULTADOS: Os radiologistas torácicos e os gerais, respectivamente, concordaram com uma ou mais hipóteses diagnósticas em 91,4% e 82,8% dos pacientes. Os radiologistas torácicos concordaram com o diagnóstico mais provável em 48,3% (κ = 0,42) e 62,1% (κ = 0,58) dos casos, respectivamente, antes e após a anamnese clínica; de forma semelhante; os radiologistas gerais concordaram com o diagnóstico mais provável em 37,9% (κ = 0,32) e 36,2% (κ = 0,30). A concordância intraobservador do radiologista torácico no diagnóstico mais provável foi de 0,73 e 0,63, antes e após da anamnese clínica, respectivamente; para o radiologista geral, essa foi de 0,38 e 0,42. Os radiologistas torácicos apresentaram graus de concordância quase perfeitos nas hipóteses diagnósticas definidas com o grau de confiança alto. CONCLUSÕES: A concordância interobservador e intraobservador no diagnóstico das DPIs por TCAR variaram de regular a quase perfeita, tendo sido influenciadas pela experiência do radiologista, pela história clínica e pelo grau de confiança.
ASSUNTO(S)
doenças pulmonares intersticiais tomografia computadorizada por raios x variações dependentes do observador
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