Concentrações de hemoglobina e ferritina sérica em escolares da rede pública municipal de Teresina, Piauí, Nordeste do Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil

DATA DE PUBLICAÇÃO

2008-12

RESUMO

OBJETIVOS: avaliar o estado nutricional de ferro em escolares de instituições públicas de ensino de Teresina, Piauí, Brasil. MÉTODOS: corte transversal, envolvendo amostra aleatória, selecionada em duas etapas, de 747 escolares (7-11 anos), de ambos os sexos, no período de agosto / setembro de 2000. A anemia foi rastreada em 747 escolares e para o diagnóstico adotou-se a concentração de hemoglobina (Hb) <11,5g/dL. As reservas corporais de ferro foram estimadas em 207 escolares, mediante análise das concentrações de ferritina sérica (FerS), considerando-se baixas reservas valores <15 µg/L. RESULTADOS: a prevalência de concentrações inadequadas de Hb (< 11,5g/dL) foi de 14,3% (IC95% 12,2-17,4) e de reservas inadequadas de ferro (FerS< 15,0µg/L) de 20,3% (IC95% 15,2-26,6). A prevalência de anemia foi semelhante entre os sexos (p=0,60) e as faixas etárias (p=0,85). Comportamento distributivo similar foi observado no que diz respeito às reservas inadequadas de ferro, frentes às variáveis sexo (p=0,19) e idade (p=0,24). As concentrações de FerS não mostraram correlação (r=0,1; p=0,168) com as de Hb. A prevalência de anemia ferropênica (Hb< 11,5 g/dL e FerS< 15,0 µg/L) foi de 26,3% (IC95% 17,3-37,5). CONCLUSÕES: em Teresina, a deficiência de ferro e a anemia em escolares devem ser consideradas como um problema de saúde pública que requer efetivo programa de prevenção e controle. No entanto, a anemia parece não ser explicada apenas pela deficiência de ferro; outros fatores etiológicos devem, portanto, ser considerados, a exemplo da deficiência de outros micronutrientes, infecções/infestações parasitárias, distúrbios hereditários e exposição a poluentes ambientais.

ASSUNTO(S)

hemoglobinas ferritinas escolares deficiência de ferro anemia ferropriva

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