Concentrações de 25-hidroxivitamina d: fatores associados e relação com níveis pressóricos em idosos hipertensos

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

27/04/2012

RESUMO

A hipovitaminose D vem sendo estudada nos últimos com uma prevalência importante no mundo inteiro em todos os estágios da vida, destacando-se a população idosa por apresentar maior risco devido a redução da capacidade de gerar o precursor da vitamina D na pele, mudança de estilo de vida e redução de atividades físicas ao ar livre. A sua deficiência tem implicações na saúde, dentre elas, a relação inversa com a pressão arterial. Neste estudo avaliou-se fatores relacionados à prevalência de níveis inadequados da 25-hidroxivitamina D e sua relação com a pressão arterial em idosos hipertensos pertencentes a Centros de Referência e Cidadania da cidade de João Pessoa-PB/BR. Foi desenvolvido um corte transversal sendo analisadas: 25-hidroxivitamina D, paratormônio, magnésio, albumina, creatinina, glicose e cálcio ionizado, assim como registro da pressão arterial , tipo de pele, consumo de alimentos fonte vitamina D e IMC. Para análise estatística descritiva dos dados, foram utilizadas distribuições absolutas, percentuais, médias e desvio padrão. A comparação entre médias de duas variáveis contínuas foi realizada por meio do Teste T-Student e para análise de variância ANOVA- one way, com nível de significância de p<0,05. A amostra foi de 91 idosos com idade média de 69,73 +7,0 anos, sendo 89% mulheres e 11% homens. A prevalência da inadequação da vitamina (25-hidroxivitamina D <29 ng/mL) foi 33% e em relação aos demais parâmetros bioquímicos analisados, o cálcio e creatinina mostraram-se significativamente maiores no grupo dos idosos com níveis inadequados, entretanto, não ocorrendo valores fora do ponto de corte de cada parâmetro em toda amostra. É pertinente destacar que no grupo dos idosos inadequado, apenas 7,7% mostraram níveis de PTH elevados, porém não afirmando hiperparatiroidismo secundário. Não foi encontrada associação estatística significativa entre o tipo de pele (p= 0,96), exposição ao sol (p= 0,71), permanência ou não em casa durante o dia (p= 0,39) e do IMC (p= 0,91) com os níveis de 25-hidroxivitamina D nos grupos adequados e inadequados. A respeito do consumo de alimentos fontes de vitamina D, o maior consumo de peixe foi positivamente associado com maiores níveis séricos da 25-hidroxivitamina D (p= 0,006), por outro lado, o consumo de ovo, leite integral e desnatado, não se mostraram influenciar. Ao se estudar os níveis pressóricos, a média da pressão arterial sistólica foi significativamente maior (p= 0,03) nos idosos com níveis inadequados da vitamina, não ocorrendo o mesmo para pressão diastólica (p=0,26). Conclui-se que a prevalência da inadequação dos níveis da 25-hidroxivitamina D foi elevada e sua relação com níveis mais altos da pressão sistólica é preocupante. Pelos resultados aqui mostrados, sugerimos incentivo ao consumo semanal de peixe, visto que podem ser coadjuvantes no tratamento da hipertensão.

ASSUNTO(S)

hipertensão vitamina d idosos nutricao elderly vitamin d hypertension

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