Comunidade de aranhas responde a complexidade da serapilheira: percepções de um experimento de pequena escala em um talhão de pinus exótico

AUTOR(ES)
FONTE

Iheringia, Sér. Zool.

DATA DE PUBLICAÇÃO

12/01/2017

RESUMO

RESUMO A conservação da biodiversidade em agroecossistemas é uma necessidade urgente, e uma abordagem adequada a maximizar a biodiversidade animal e seus serviços é a restauração da heterogeneidade de habitats. Aqui nós investigamos o valor do aumento da complexidade da serapilheira em plantações exóticas de pinus para aranhas de solo. Nossa hipótese é que aumentando a complexidade da serapilheira nestes sistemas, como seria o caso em plantações com design ecológico, as agregações de aranhas aumentariam. Nós realizamos uma manipulação experimental de pequena escala em uma plantação exótica de pinus no município de Minas do Leão, Rio Grande do Sul, e comparamos a diversidade de aranhas em substrato simples (somente acículas de pinus) e complexo (com adição de folhas nativas diversas). Nós encontramos 1.110 aranhas, 19 famílias e 32 morfoespécies. As famílias mais abundantes foram Linyphiidae, Theridiidae e Salticidade, e as morfoespécies dominantes foram Thymoites sp. 2 e Lygarina sp. Aranhas de teia representaram 61% da abundância total de aranhas e 17 espécies, enquanto aranhas caçadoras, 49% e 15 espécies. Como esperado, densidades de indivíduos e de espécies de ambas construtoras de teia e caçadoras foram maiores em substrato complexo. Potenciais presas (Collembola) também responderam positivamente ao tratamento, e influenciaram os padrões das comunidades de aranhas. Nossos resultados sugerem que garantir algum grau de diversidade de plantas e serapilheira dentro de talhões de pinus (e.g. estabelecimento de sub-bosque) poderia promover agregações de aranhas e possivelmente ajudar a conservar sua diversidade em escalas locais.

ASSUNTO(S)

complexidade do hábitat seleção de hábitat diversidade de espécies estratégia de forrageamento

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