Compreensão de orações relativas por crianças de tres a seis anos
AUTOR(ES)
por Sumie Iha
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
1979
RESUMO
Esta dissertação tem como objeto de estudo a avaliação de algumas hipóteses a respeito da compreensão de orações relativas por crianças em idade pré-escolar. Com essa finalidade foi realizada uma duplicação do experimento apresentado por Sheldon em "The role of parallel function in the acquisition of relative clauses in english" (1974). Nesse artigo a autora apresenta a hipótese da função paralela, segundo a qual orações relativas em que o pronome relativo tem a mesma função que a de seu antecedente, são decodificadas mais facilmente que aquelas em que o pronome e seu antecedente têm funções diversas. Na duplicação do experimento foram testadas 33 crianças brasileiras, na faixa etária de três a seis anos, em processo de aquisição do português. O teste consistiu em fazer as crianças efetuarem, com animais de brinquedo, as ações expressas em períodos contendo orações relativas. Os resultados obtidos no experimento permitiram conclusões diferentes da proposta de Sheldon. Uma análise tanto das respostas corretas como das incorretas pareceu indicar que as crianças faziam uso de uma estratégia perceptual formulada por Bever (1970) - a estratégia D - que consiste em processar sentenças complexas, interpretando as seqüências NVN como correspondendo às relações semânticas agente/ação/objeto. Uma estratégia que pareceu ter influído no processamento das orações é a da conservação de função, proposta por Ferreiro et al. (1976) que prediz que a criança, ao processar uma oração relativa, tende a considerar um dos Sns, com função de sujeito ou objeto, como o sujeito ou objeto de ambas as ações expressas na oração. Essas conclusões implicam que, até por volta dos seis anos, as crianças não decodificam o pronome relativo da mesma maneira que os adultos
ASSUNTO(S)
aquisição de linguagem - crianças psicolinguística
ACESSO AO ARTIGO
http://libdigi.unicamp.br/document/?code=000338875Documentos Relacionados
- Caracterização da neofobia alimentar em crianças de três a seis anos
- Desenvolvimento semântico e compreensão de história em crianças de cinco e seis anos
- O processamento sintático de orações relativas por brasileiros aprendizes de inglês como L2
- Orações relativas em línguas Karíb
- 9 - As orações relativas