Composição florística e estrutura de um trecho de floresta ombrófila densa montana do Parque Estadual da Serra do Mar, São Paulo, Brasil / Floristic composition and structure of an area of montane ombrophylus dense forest of the Serra do Mar State Park, São Paulo, Brazil
AUTOR(ES)
Larissa de Souza Pereira
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
22/08/2011
RESUMO
Descrevemos a composição florística e a estrutura fitossociológica de um trecho de Mata Atlântica (FODM) do Núcleo Santa Virgínia, do Parque Estadual da Serra do Mar através da coleta de informações sobre as espécies arbóreas (DAP ? 4,8 cm) presentes em um hectare de floresta. A amostragem foi realizada em 100 parcelas contíguas de 10x10m e seguiu o padrão do Projeto Temático Biota Gradiente Funcional, no qual este trabalho se insere. Registramos 152 espécies, distribuídas em 80 gêneros e 41 famílias. As famílias com mais indivíduos são: Arecaceae, Myrtaceae, Monimiaceae, enquanto que as famílias com mais espécies são: Myrtacaeae, Lauraceae, Fabaceae e Monimiaceae. Euterpe edulis, o palmito Jussara, é a espécie mais abundante na área. Eugenia spp, Mollinedia spp e Ocotea spp são os gêneros com os maiores números de espécies. O software FITOPAC 2.1.2 foi utilizado para as análises quantitativas. Somados os parâmetros fitossociológicos de apenas 15 espécies - E. edulis, Licania hoehnei, Indeterminada sp. 1, Ocotea catharinensis, Alchornea triplinervia, Mollinedia argyrogyna, Calyptranthes lucida, Chrysophyllum viride, Inga lanceifolia, Myrcia crocea, Marlierea tomentosa, Calyptranthes strigipes, Bathysa australis, Mollinedia engleriana e Miconia sp 1 - correspondem a cerca de 50% do valor de importância representado pelos parâmetros fitossociológicos analisados. A área estudada apresenta uma alta densidade de indivíduos de pequeno porte, com diâmetros próximos do limite de inclusão na amostragem. Apresenta também uma prevalência de espécies não-pioneiras e zoocóricas, uma alta diversidade (índice de Shannon-Wiener H = 4.06 nats/individuo) e uma alta equabilidade (J = 0,80) entre as espécies arbóreas lenhosas. A alta declividade da área e a freqüência de árvores caídas observadas durante o período de estudo, sugerem que esta é uma floresta onde a ocorrência de perturbações naturais é freqüente e talvez este seja um dos fatores que promove a diversidade local. Conforme relatado por moradores antigos do Núcleo Santa Virgínia, até 40 anos atrás a área estudada foi sujeita a corte seletivo de espécies. Ainda que de baixa intensidade, este tipo de perturbação pode explicar parcialmente a alta densidade de indivíduos de pequeno porte.
ASSUNTO(S)
mata atlântica comunidades vegetais biodiversidade gradiente altitudinal mata altântica (brazil) plant communities biodiversity altitudinal gradient
ACESSO AO ARTIGO
http://libdigi.unicamp.br/document/?code=000847346Documentos Relacionados
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