Composição física da carcaça e qualidade da carne de vacas de descarte de diferentes grupos genéticos terminadas em confinamento com distintos pesos

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Zootecnia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2005-08

RESUMO

O objetivo neste experimento foi avaliar a composição física e as características qualitativas da carne de vacas de descarte mestiças da segunda (G2 - 3/4Charolês (C) 1/4Nelore (N) e 3/4NC) e terceira gerações (G3 - 5/8CN e 5/8NC) de cruzamento rotativo Charolês - Nelore terminadas em confinamento e abatidas com 465, 507 ou 566 kg. Os animais apresentaram na média, no início do confinamento 8,5 anos, 388,6 kg e 2,35 pontos de escore da condição corporal. A dieta alimentar, com relação volumoso:concentrado de 48:52, continha 12,5% de proteína bruta e 2,99 Mcal de energia digestível por kg de matéria seca. Houve redução da participação de ossos (16,55; 15,84 e 12,72%) e músculo (63,50; 60,05; 60,69%) e incremento da percentagem de gordura (19,85; 24,32; 28,08%, respectivamente) na carcaça com o aumento do peso de abate. O ganho de peso da porção comestível da carcaça entre os pesos de abate extremos foi 77,36 kg, sendo 37,32 kg de músculo (48,24%) e 40,04 kg de gordura (51,76%). A maciez, quando avaliada pela força de cizalhamento, melhorou significativamente na carne dos animais abatidos com peso mais elevado (4,94, 4,89 e 3,89 kgf/cm³, respectivamente). A carne das vacas 5/8NC apresentou coloração mais escura (2,87 pontos) que a das vacas 5/8CN (4,0 pontos). A carne dos animais da G3 foi mais macia que a dos animais G2 (4,16 vs 4,99 kgf/cm³). Carne mais suculenta foi observada em vacas 5/8NC que nas 5/8CN (6,49 vs 4,16 pontos), em razão da menor perda à cocção das 5/8NC (17,61 vs 23,33%). O aumento do peso de abate de vacas de descarte é um bom recurso para elevar rapidamente a produção de carne bovina, melhorando inclusive significativamente sua qualidade.

ASSUNTO(S)

charolês cruzamento fêmeas de descarte maciez marmoreio nelore

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