Composição e estrutura vegetacional em diferentes formações na floresta Atlântica, sul de Santa Catarina, Brasil

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

Florestas pluviais tropicais, entre elas a Floresta Atlântica, são formações de elevada diversidade e riqueza o que as torna muito complexas. Elucidar os mecanismos que mantêm esta diversidade constitui o foco das abordagens ecológicas atuais. O objetivo do presente estudo, além de contribuir para o melhor conhecimento florístico-estrutural da Floresta Atlântica, foi o de avaliar as relações entre espécies e o ambiente, a partir da heterogeneidade florística em respostas a gradientes ambientais. O estudo foi conduzido em três formações florestais no sul Catarinense, compreendendo um fragmento de floresta brejosa, e dois de Floresta Ombrófila Densa, uma submontana e outra montana. Foram amostrados indivíduos arbustivo-arbóreos, com altura a partir de 0,20 m. Classes de tamanho foram estabelecidas, consistindo em (1) indivíduos iguais ou maiores a 0,20 m e menores que 1m; (2) maiores que 1 m e menores que 5 cm de DAP (diâmetro à altura do peito); e (3) iguais ou maiores a 5 cm de DAP. A análise de correspondência canônica aplicada à classe 3 mostrou a segregação das comunidades a partir de gradientes indiretos (altitude e topografia), ocasionando variação na disponibilidade de recursos (gradientes diretos) locais. A análise de nichos aplicada às três classes de tamanho demonstrou especialização de nichos por parte das espécies, conforme demonstrado pelo índice médio de marginalidade (OMI). As relações do ambiente com as fases ontogenéticas demonstraram que as espécies tendem a conservar seus nichos e que esta conservação é mais evidenciada no ambiente de sub-bosque, onde as espécies tendem a coexistir com sobreposição de nichos.

ASSUNTO(S)

biodiversidade : brasil biodiversity functional groups fitossociologia : teses interspecific interactions mechanisms of coexistence ontogenetic stages

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