Composição e estrutura da regeneração natural em até nove anos após a extração de Eucalyptus grandis Hill ex. Maiden no Vale do Itajaí, SC

AUTOR(ES)
FONTE

Ciênc. Florest.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-04

RESUMO

Resumo A regeneração natural é considerada uma das técnicas mais promissoras de restauração de áreas degradadas em função dos aspectos ecológicos, silviculturais e econômicos. O presente estudo teve como objetivo avaliar características da regeneração natural em diferentes idades de estabelecimento, em áreas de preservação permanente, após a extração de povoamentos de Eucalyptus grandis. Foi realizado o levantamento e análise florística da vegetação regenerante em áreas com idades de regeneração natural de cinco e meio, sete e nove anos, ao longo das margens de um curso de água. Foram implantadas 56 parcelas amostrais de 10 m x 20 m para o levantamento do estrato arbóreo e o mesmo número de subunidades para o levantamento do estrato regenerativo. Foi realizada a análise florística, por área e estrato da vegetação, e a comparação entre os três ambientes quanto à riqueza, diversidade, distribuição de grupos ecológicos e síndromes de dispersão. A vegetação estudada mostrou alterações na composição florística ao longo de nove anos. O número e a densidade de espécies pioneiras sofreram decréscimos, tanto no estrato arbóreo quanto no regenerativo, enquanto espécies clímax tolerantes à sombra tiveram acréscimos com o avanço das idades de regeneração. As espécies clímax exigentes em luz foram predominantes nos três ambientes, assim como a síndrome de dispersão zoocórica. A diversidade para as três áreas analisadas, e para os dois estratos, foi crescente com as idades de regeneração. Os ambientes com sete e nove anos de regeneração apresentaram maior porcentagem de espécies comuns, além de densidade e distribuição de grupos ecológicos mais semelhantes em relação ao ambiente com cinco anos e meio de regeneração.

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