Composição bromatológica do co-produto do desfibramento do sisal tratado com uréia

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Zootecnia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2008-03

RESUMO

O trabalho foi desenvolvido com o objetivo de avaliar os efeitos da amonização com uréia pecuária sobre a composição bromatológica do co-produto do processamento do sisal (Agave sisalana, Perrine) em diferentes tempos de estocagens. Foram utilizados 300 kg do co-produto, igualmente distribuídos em 60 sacos de polietileno preto, onde se adicionou uréia nas concentrações de 0, 2, 4, 6 e 8% (base matéria seca - MS) nos tempos de estocagem de 0, 2, 4 e 6 semanas. Determinaram-se os teores de matéria seca (MS), proteína bruta (PB), fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA) e carboidratos não fibrosos (CNF). O consumo (CMS) e a digestibilidade (DMS) de MS foram obtidos por estimativa. O delineamento utilizado foi inteiramente casualizado (DIC), com 20 tratamentos e três repetições, seguindo o esquema fatorial 5 ´ 4 (cinco doses de uréia e quatro períodos de estocagem). A análise de variância revelou significância para o efeito da dose de uréia para as variáveis PB e MS. Para FDA, CNF e DMS, houve efeito significativo da interação dose de uréia ´ período de fermentação, ao passo que para FDN não houve significância de nenhum dos fatores. O teor de PB cresceu linearmente com a adição de uréia. Além disso, foi observado acréscimo nos teores de FDA, em função do decréscimo dos teores de CNF. As diminuições dos teores de CNF com o aumento dos níveis de uréia indicam que estes foram usados, provavelmente, para a síntese microbiana ou carreados com o efluente. Conclui-se que a adição de até 8% de uréia elevou os teores de PB e, com o aumento do tempo de estocagem, reduziu os teores de CNF e a DMS.

ASSUNTO(S)

amonização resíduo agroindustrial tratamento de volumosos uréia

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