Comportamento pós-fissuração de blocos, prismas e pequenas paredes de concreto reforçado com fibra vegetal
AUTOR(ES)
Soto, I. I., Ramalho, M. A., Izquierdo, O. S.
FONTE
Rev. IBRACON Estrut. Mater.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2013-08
RESUMO
A alvenaria estrutural com blocos de concreto promove a racionalização da construção, com redução do custo final da edificação, por meio da eliminação de fôrmas e da redução do consumo de armaduras. Além disso, produzir um bloco com a combinação de concreto e fibra vegetal de sisal resulta em uma unidade que apresenta características mais apropriadas de resistência mecânica, rigidez, ductilidade, capacidade de absorção de energia e comportamento pós-fissuração, em comparação com o bloco produzido com o concreto simples. O presente trabalho avalia o comportamento pós-fissuração de blocos, prismas e pequenas paredes de concreto reforçado com fibra de sisal de comprimento 20 e 40 mm, e fração volumétrica de 0,5 e 1%. Foram realizados os testes de caracterização da fibra e do bloco, e os ensaios de resistência à compressão axial das unidades, dos prismas e das pequenas paredes. O módulo de deformação dos elementos foi calculado e foram traçados os diagramas tensão-deformação para uma melhor interpretação dos valores obtidos. Os resultados do ensaio à compressão das pequenas paredes reforçadas com fibras foram similares aos valores das paredes de referência, apresentando melhor desempenho que os blocos e prismas com adição de fibras, cujas resistências foram inferiores aos convencionais. Todos os elementos com adição de sisal mostraram um ganho da capacidade de deformação conferida pelas fibras, observado nos diagramas tensão-deformação. O modo de ruptura dos elementos de referência foi caracterizado por uma fratura brusca e os reforçados tiveram um rompimento dúctil. Isso foi produzido pelas fibras, que mantiveram as faces das fissuras unidas em razão da aderência com a matriz cimentícia, não permitindo a perda da continuidade do material e tornando os compósitos vantajosos em termos de ductilidade e capacidade de resistência residual após a fissuração.
ASSUNTO(S)
fibra vegetal comportamento pós-fissuração alvenaria estrutural
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