Comportamento ingestivo de ovinos Santa Inês alimentados com dietas contendo farelo de cacau

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Zootecnia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2008-04

RESUMO

O experimento foi conduzido para avaliar o comportamento ingestivo de ovinos alimentados com dietas contendo farelo de cacau. Foram utilizados 16 ovinos Santa Inês fêmeas, não-gestantes e não-lactantes, com peso corporal médio de 25 kg e aproximadamente 12 meses de idade, mantidos em baias individuais. O farelo de cacau foi fornecido no concentrado nos níveis de 0, 10, 20 e 30% e, como volumoso, utilizou-se feno de mandioca. As dietas foram fornecidas em mistura completa, na proporção 50:50 volumoso:concentrado. Os tempos de alimentação, ruminação e ócio obtidos em 24 horas de observação foram semelhantes. Contudo, os animais que consumiram dietas com maiores níveis de farelo de cacau, acima de 14,8% de substituição no concentrado, reduziram o número de bolos ruminados por dia, que foi compensado pelo aumento do tempo de mastigações por bolo. Os consumos de matéria seca (MS) e fibra em detergente neutro (FDN) e a eficiência de alimentação (g MS e FDN/hora) não foram influenciados pelos níveis de farelo de cacau na dieta, entretanto, esse alimento provocou alterações na eficiência de ruminação (g MS e FDN/bolo). O número de mastigações merícicas por bolo ruminado aumentou linearmente, enquanto o número de mastigações por dia apresentou comportamento quadrático, com valor máximo de 42.818,4 mastigações diárias para o nível de 16,9% de farelo de cacau. Embora não se tenha verificado diferença nos consumos de MS e FDN (kg/dia), a inclusão de farelo de cacau em dietas para ovinos Santa Inês afetou alguns parâmetros do comportamento ingestivo.

ASSUNTO(S)

ócio ruminação tempo de alimentação

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