Comportamento ingestivo de caprinos das raças Moxotó e Canindé em confinamento recebendo dois níveis de energia na dieta

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Zootecnia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2011-04

RESUMO

Neste trabalho foi avaliado o comportamento ingestivo de caprinos nativos do semiárido nordestino mantidos em confinamento. Foram utilizados 40 machos castrados, 20 da raça Moxotó e 20 Canindé, com peso médio inicial de 15,22 kg ± 1,78 kg, distribuídos aleatoriamente em delineamento inteiramente casualizado, em arranjo fatorial 2 × 2, com duas raças e duas dietas. Foram avaliadas duas dietas experimentais: uma com menor nível energético (2,2 Mcal de EM/kg de MS), formulada com relação volumoso:concentrado 70:30; e outra com maior nível energético (2,7 Mcal de EM/kg de MS) e relação volumoso:concentrado de 35:65. Para o comportamento ingestivo, foram realizadas observações a cada cinco minutos, durante 24 horas, para determinação do tempo despendido em alimentação, ruminação e ócio. O consumo de matéria seca, o número de bolos ruminados e de mastigações merícicas por dia, o tempo de mastigação merícica por bolo, a frequência urinária e de procura por água e o consumo de água variaram significativamente entre as raças. Os animais da raça Moxotó apresentaram maior frequência urinária e menor procura por água ao longo do dia. Entretanto, recebendo a dieta com 2,7 Mcal de EM/kg de MS, excretaram menor quantidade de urina. Caprinos das raças Moxotó e Canindé são muito seletivos e têm maior preferência pelas partículas pequenas da dieta, independentemente do seu nível energético. O fornecimento de dietas com alto nível de energia favorece a eficiência alimentar e de ruminação de caprinos Moxotó e Canindé em confinamento.

ASSUNTO(S)

alimentação descanso raça nativa ruminação

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