Comportamento de touros da raça Simental à pasto com recurso de sombra e tolerância ao calor / Behavior of Simental bulls under grazing with shade resources and heat tolerance

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

O presente trabalho teve como objetivo avaliar o comportamento de pastejo de bovinos de corte com e sem acesso a recursos de sombreamento e determinar o Índice de Tolerância ao Calor Individual (ITCI) e uma possível relação com o uso da sombra. Foram utilizados 8 touros da raça Simental, com 80 meses. As observações de comportamento ocorreram do nascer ao pôr do sol, a cada 15 minutos, pelo método focal. Os comportamentos observados foram: Posição (ao sol, à sombra natural, à sombra artificial); Postura (em pé, deitado) e Atividade (em pastejo, em ruminação, em deslocamento, em ócio), em três tratamentos: Sombra Natural (SN), Sombra Artificial (SA) e sem sombra (SS). Numa segunda fase os animais foram submetidos ao Teste de Tolerância ao Calor e foi determinado o ITCI. O índice de globo negro e umidade médio foi de 88,5. O uso da sombra foi maior no SA em relação ao SN (43% e 32%) iniciando mais cedo e deixando-a mais tarde (10h00 e 16h00 no SA, 10h30 e 15h00 no SN). Os animais permaneceram mais tempo em pé no SS, seguido pelo SN e pelo SA (86,5%, 80,6%, 73,7%). No tratamento SN os animais pastejaram 65,4% do tempo total de observação, ruminaram 18,3%, permaneceram em ócio 15,9% e a atividade de deslocamento tomou 0,5% do tempo. No tratamento SA, as atividades foram divididas em 54,7% para o pastejo, 22,9% para ruminação, 21,2% para ócio e 1,2% para deslocamento. No tratamento SS, o pastejo ocorreu em 50,3% do tempo, 6,2% do tempo foi gasto com ruminação, 41,7% em ócio e 1,7% com deslocamento. Houve diferença estatística entre os três tratamentos (P<0,01) para todas as atividades analisadas. Verificou-se a interferência da disponibilidade de sombra e do tipo de sombra na distribuição das atividades ao longo do dia. Os animais que tiveram acesso à sombra natural sem restrição de espaço e com ótima ventilação devido às altas copas das árvores gastaram menos tempo em ruminação e ócio e mais tempo com o pastejo. O índice de tolerância ao calor médio foi de 9,33, com máximo de 9,57 e mínimo de 9,03. A relação entre o ITC e a busca pela sombra teve média-alta correlação (0,62) mas sem ser considerada significativa devido ao baixo número de repetições.

ASSUNTO(S)

behavior heat tolerance shade resources beef cattle pasture pasto tolerância ao calor bovinos de corte comportamento recursos de sombreamento

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