Comportamento de resinas compostas dentais diante de fenomenos tribologicos : influencia de aspectos microestruturais e de condições de contato

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2005

RESUMO

A busca pelo aumento na longevidade de restaurações tem impulsionado estudos visando ao aprimoramento de propriedades de resinas compostas. Dentre os aspectos capazes de refinar o desempenho desses materiais, estão a maximização da resistência a processos de desgaste e de biodegradação. Este trabalho, composto por cinco artigos, teve por objetivos: (1) revisar os processos fenomenológicos e moduladores envolvidos em processos de desgaste de resinas compostas; (2) avaliar a influência de fatores microestruturais - tamanho e geometria de partículas de carga - no desgaste e grau de conversão de resinas compostas experimentais e sugerir a relação entre ambas variáveis de reposta; (3) verificar o efeito de condições de contato, proporcionadas por diferentes lubrificantes, no comportamento de uma resina composta no decorrer de ensaios de desgaste abrasivo; (4) correlacionar a rugosidade superficial, resultante do emprego de diferentes métodos de acabamento e polimento, com o desgaste abrasivo com três corpos de resinas compostas e (5) monitorar, através de um modelo in situ, o efeito de diferentes técnicas de acabamento e polimento na textura superficial ao longo do tempo de exposição intrabucal de resinas compostas. Com base nos protocolos experimentais adotados, concluiu-se que com o entendimento dos fenômenos envolvidos no desgaste houve o fornecimento de subsídios e identificação de aspectos capazes de contribuir para o refinamento da resistência ao desgaste de resinas compostas. Demonstrou-se que o tamanho e forma das partículas de carga modularam o desgaste de resinas compostas, sendo que a presença de partículas menores em determinados sistemas mono, bi ou trimodais causou redução na magnitude do desgaste, sem prejuízo ao grau de conversão de resinas compostas. Aparentemente, não houve qualquer relação entre a taxa de conversão de monômeros e o desgaste. Sob o ponto de vista das condições de contato, a interposição e a natureza de lubrificantes foram de grande importância em ensaios de desgaste abrasivo, sendo que um substituto salivar à base de mucina poderia ser considerado o lubrificante de escolha para estudos laboratoriais de desgaste. Ainda com relação às condições de contato, a textura superficial obtida através de diferentes técnicas de acabamento e polimento não se correlacionou com o subseqüente desgaste abrasivo de resinas compostas. No modelo in situ, na dependência da técnica de acabamento e polimento, constatou-se um aumento ou redução na rugosidade de resinas compostas ao longo de sua exposição ao ambiente bucal

ASSUNTO(S)

aspereza de superficie desgaste mecanico resinas compostas conversão

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