Comportamento de forrageamento de Melipona rufiventris Lepeletier (Apinae; Meliponini) em Ubatuba, SP, Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Brazilian Journal of Biology

DATA DE PUBLICAÇÃO

2007-02

RESUMO

Este estudo descreve como a atividade de forrageamento de Melipona rufiventris é influenciada pelo ambiente e/ou pelo estado da colônia. Duas colônias foram estudadas em Ubatuba, SP (44° 48’ W and 23° 22’ S), de julho de 2000 a junho de 2001. Estas colônias foram classificadas como forte (Colônia 1) e intermediária (Colônia 2), de acordo com as condições gerais das mesmas: tamanho da população e dos favos de cria e número de potes de alimento. As abelhas foram ativas do amanhecer ao anoitecer. O número de cargas de pólen apresentou correlação positiva com a umidade relativa (r s = 0,401; p <0,01) e foi maior entre 70 e 90%. Entretanto, foi negativamente relacionado com a temperatura (r s = -0,228; p <0,01), com pico entre 18 e 23 °C. O número de cargas de néctar apresentou correlação positiva com a temperatura (r s = 0,224; p <0,01) e com a intensidade luminosa (r s = 0,414; p <0,01); sendo maior entre 50 e 90% de umidade relativa e entre 20 e 30 °C de temperatura. Elas coletaram mais néctar do que pólen ao longo do dia, sendo mais ativas entre 6 e 9 hours. A Colônia 1 (forte) coletou néctar em maiores quantidades e mais cedo que a colônia 2 (intermediária). O número de cargas de pólen, néctar e resina coletadas variou consideravelmente entre os dias de estudo. Os picos de coleta de pólen ocorreram mais cedo nos meses com dias mais longos e com clima mais quente e úmido. O comportamento de forrageio de M. rufiventris é provavelmente afetado pelo estado da colônia e por condições ambientais como temperatura, umidade relativa, intensidade luminosa e comprimento do dia.

ASSUNTO(S)

melipona rufiventris apinae meliponini comportamento de forrageio néctar pólen

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