Complexo de Edipo, hoje?

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

Esta tese tem como tema central o questionamento da vigência do Complexo de Édipo no presente. Na literatura psicanalítica atual em especial em alguns autores franceses, de cunho lacaniano pode-se constatar a insistência no tema da decadência da função paterna e suas conseqüências: a lei de proibição do incesto não mais se sustentaria e junto com ela naufragariam a normativa edipiana, os modos de subjetivação clássicos e até a cultura. Não há dúvidas a respeito do declínio do patriarcado, que afeta o conceito de função paterna. No entanto, não é necessário deduzir, a partir disso, as conseqüências funestas que daí extrai essa difundida corrente psicanalítica. Com efeito, com apoio em hipóteses de Foucault, nesta pesquisa se sustenta que um tipo de poder decai na sociedade apenas quando outro o desloca. Portanto, não existiria vazio normativo, axiológico, político, no espaço cedido pelo patriarcado em extinção. Novos poderes, não patriarcais, próprios das sociedades disciplinares e de controle, ocupariam o campo sócio-cultural e sustentariam ainda a lei de proibição do incesto, sem o combustível exclusivo do pai. A hipótese desta pesquisa é que os atuais agentes desses novos poderes (a escola, a empresa, a mídia, a propaganda etc.), que herdaram a potência paterna, continuam a determinar a vigência da interdição edipiana, a qual é garantia dos processos de subjetivação, sexuação e escolha de psicopatologia

ASSUNTO(S)

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