Completude dos prontuários de idosas com câncer de mama: estudo de tendência

AUTOR(ES)
FONTE

Acta paul. enferm.

DATA DE PUBLICAÇÃO

12/08/2019

RESUMO

Resumo Objetivo Avaliar a completude e a tendência de completude de dados dos prontuários de idosas acometidas por câncer de mama, diagnosticadas e atendidas entre os anos de 2001 e 2006 em um centro de referência em saúde da mulher do Estado de São Paulo. Métodos Estudo descritivo analítico baseado em dados secundários. Para análise da não completude, utilizou-se a classificação: excelente (< 5%), bom (5 a 10%), regular (10 a 20%), ruim (20 a 50%) e muito ruim (≥50%). Resultados Variáveis socioeconômicas e demográficas, bem como as de fatores de risco e comportamentais predominaram dentre as classificadas como regular, ruim e muito ruim. Os melhores escores foram das variáveis pós-tratamento, seguidas pelas relacionadas ao diagnóstico e ao tratamento. A única variável com tendência de não completude decrescente foi história familiar de câncer de mama (p = 0,05). Apresentaram tendência de não completude crescente: raça/cor (p = 0,01), anos de estudo (p = 0,01), uso de contraceptivos orais (p = 0,002), tempo de uso de contraceptivos orais (p = 0,002), reposição hormonal (p = 0,007) e amamentação (p = 0,004). Conclusão Dentre as variáveis classificadas como regular, ruim e muito ruim, a tendência de completude predominou como constante, seguida pela tendência crescente de não completude; apenas uma variável apresentou melhora da tendência de completude. O registro completo dos dados em prontuário é tarefa inerente de toda a equipe de saúde, primordial para estabelecer protocolos da assistência, no desenvolvimento de pesquisa, bem como na implementação de políticas públicas de saúde.Abstract Objective To assess completeness and trends in completeness of medical records of elderly women with breast cancer who were diagnosed and admitted from 2001 to 2006 at a center for women’s health in the State of Sao Paulo. Methods This was an analytical and descriptive study based on secondary data. For non-completeness analysis, the following classification was used: excellent (<5%), good (5-10%), regular (10-20%), poor (20-50%), and very poor (≥50%). Results Socio-economic and demographic variables, as well as risk- and behavioral-factor-related variables, scored mainly as regular, poor, or very poor. The best scores were seen in post-treatment variables, followed by diagnosis- and treatment-related variables. The only variable to show a downward non-completeness trend was family history of breast cancer (p=0.05). A growing non-completeness trend was seen in the following variables: race/color (p=0.01), years of formal education (p=0.01), use of oral contraceptives (p=0.002), time of use of oral contraceptives (p=0.002), hormonal replacement (p=0.007), and breastfeeding (p=0.004). Conclusion Variables classified as regular, poor, and very poor showed a predominantly constant completeness trend, followed by an growing in non-completeness trend. Only one variable showed an improvement in completeness trend. Full recording of all patient data on medical record is an inherent task for the entire healthcare team. Such recording is fundamental to establish care protocols, develop research studies, as well as implement public health policies.

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