COMPARATIVO DE DIFERENTES GRUPOS DE FUNGICIDAS NO CONTROLE DE DOENÇAS DO FEIJOEIRO

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

28/06/2010

RESUMO

O feijão é um alimento básico para o brasileiro. A média atual de consumo de feijão é de 12,7 kg brasileiro/ano. As doenças encontram-se entre os fatores mais importantes associados à baixa produtividade do feijoeiro comum no Brasil, podendo reduzir consideravelmente a produção desta cultura. Entre as doenças, destacam-se antracnose (Colletotrichum lindemuthianum), ferrugem (Uromyces phaseoli var. typica), mancha-angular (Phaeoisaríopsis griseola) e oídio (Erysiphe polygoni). O controle de doenças mais eficiente é obtido pelo somatório de medidas de controle disponíveis e nunca de uma prática isolada. Nesse contexto, o controle químico, quando bem manejado, tem sido uma ferramenta importante para o processo produtivo, principalmente quando as condições ambientais são favoráveis ao desenvolvimento das doenças. O objetivo deste experimento foi avaliar a eficiência de diferentes grupos de fungicidas no manejo das principais doenças do feijoeiro, utilizando-se da cultivar IPR 88 Uirapuru, feijão preto, Grupo II de hábito indeterminado. O experimento foi conduzido no Município de Ponta Grossa, PR, na Fazenda Escola Capão da Onça, de propriedade da Universidade Estadual de Ponta Grossa. Através da análise dos resultados observados neste experimento pode-se concluir: para o controle de antracnose, os melhores tratamentos foram clorotalonil, piraclostrobina, hidróxido de fentina e tebuconazol com 3 aplicações. Com relação a mancha angular, as estrobilurinas foram menos eficientes. Os tratamentos mais eficientes no controle foram tebuconazol, hidróxido de fentina, metconazol, difenoconazol (todos com 3 aplicações) e clorotalonil. Para a ferrugem, os melhores tratamentos foram azoxistrobina, piraclostrobina, tebuconazol e metconazol. O hidróxido de fentina e o clorotalonil foram menos eficientes no controle da ferrugem, independente do número de aplicações. Avaliando o oídio, nota-se que os melhores tratamentos foram com clorotalonil, independente do número de aplicações. Os demais fungicidas foram superiores quando aplicados 3 vezes. A utilização de clorotalonil mostrou-se eficiente no controle de antracnose, mancha angular e oídio, não apresentando controle satisfatório contra ferrugem. Com relação à porcentagem de grãos doentes, todos os tratamentos tiveram menores porcentagens do que a testemunha, com exceção do difeconazol com 2 aplicações. Quando se avaliou o peso da massa de mil grãos, ficou evidente que os tratamentos com 3 aplicações de hidróxido de fentina, piraclostrobina, tebuconazol e metconazol, se destacaram no experimento, assim como os tratamentos com clorotalonil. No que diz respeito à produtividade, os maiores incrementos aconteceram nos tratamentos com clorotalonil, não diferindo estatisticamente dos tratamentos com piraclostrobina, hidróxido de fentina e tebuconazol.

ASSUNTO(S)

phaseolus vulgaris antracnose oídio ferrugem comum mancha angular agronomia

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