Comparative study of nursing workload in general and specialized Intensive Care Units, according to Nursing Activities Score (NAS) / Estudo comparativo da carga de trabalho de enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva Geral e Especializadas, segundo o Nursing Activities Score (NAS)

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

Trata-se de um estudo de corte transversal, descritivo-comparativo, que teve como objetivo analisar a carga de trabalho de enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva geral e especializadas, segundo o Nursing Activities Score (NAS). Os dados foram coletados em quatro Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), sendo uma geral (UTI G), uma cardiológica (UTI C) e duas neurológicas (UTI N) de um hospital geral, privado, de porte extra, localizado no município de São Paulo. Participaram do estudo 300 pacientes admitidos nas UTIs, com permanência mínima de 24 horas, no período de 21/08/2006 a 05/10/2006, sendo 100 pacientes de cada unidade. Neste estudo, as UTIs N foram consideradas uma única unidade. Foram coletados dados demográficos e clínicos e aplicados os instrumentos Simplified Acute Physiology Score (SAPS II), Logistic Organ Dysfunction System (LODS) e o Nursing Activities Score (NAS) das primeiras 24 horas de internação na unidade, respectivamente para a medida da gravidade, disfunção orgânica e carga de trabalho de enfermagem. O tratamento dos dados foi feito por meio de estatística descritiva e inferencial. A relação entre as variáveis foi analisada por meio do coeficiente de correlação de Spearman e para a comparação das médias foram utilizadas os testes de Mann Whitney, Krusskal-Wallis e Tukey. A análise conjunta das variáveis foi feita por meio de regressão linear múltipla. As UTIs G, C e N foram homogêneas em relação ao gênero (p=0,12) e tempo de internação (p=0,65), porém diferiram em relação à idade (p=0,01), procedência (p=0,055), tipo de internação (p=0,00) e condição de saída (p= 0,007). A UTI G apresentou pacientes com risco de mortalidade SAPS II (RM SAPS II) e risco de mortalidade LODS (RM LODS), comparativamente maiores do que a UTI C (p=0,00) e UTI N (p=0,00). Quanto à carga de trabalho de enfermagem a UTI N apresentou, em média, menor carga do que a UTI C (p=0,02) e a UTI G (p= 0,03). A análise comparativa do escore NAS com as variáveis demográficas e clinicas, mostrou que não houve diferença quanto à idade, procedência e tipo de internação. Pacientes que foram a óbito nas UTIs G e N, e do sexo masculino na UTI C apresentaram, em média, maior carga de trabalho de enfermagem. A correlação entre a média do escore NAS e as variáveis quantitativas mostrou moderada correlação com a gravidade (r=0,55; p=0,00) e disfunção orgânica (r=0,48; p=0,00) apenas na UTI G. A única variável com correlação moderada nas três UTIs foi tempo de internação (p=0,00). Foram fatores associados a carga de trabalho de enfermagem na UTI G, o RM SAPS II e idade; na UTI C, o RM SAPS II, gênero, idade e RM LODS; e na UTI N, o RM SAPS II e idade. Os resultados obtidos nesta investigação fornecem subsídios para a adequação de recursos humanos em UTI podendo beneficiar pacientes, profissionais e instituições hospitalares

ASSUNTO(S)

enfermagem carga de trabalho unidades de terapia intensiva workload nursing intensive care units

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