Comparação: implícita, explícita e valor

AUTOR(ES)
FONTE

Mana

DATA DE PUBLICAÇÃO

30/05/2019

RESUMO

Resumo Desde os primórdios da disciplina os/as antropólogos/as fizeram uso de formas de comparação (entre práticas, sociedades, culturas, civilizações). Entretanto, nas últimas décadas do século XX e na primeira década do século XXI sua condição metodológica foi repensada como consequência de alguns desenvolvimentos teóricos críticos dos conceitos de cultura e sociedade, colocando novas questões acerca das unidades de análise a serem investigadas. A presente reflexão visa pontuar a mudança recente de revitalização da comparação como parte explícita (ou epistemológica) da reflexão antropológica - e não apenas como a dimensão implícita, isto é, o (sempre presente) pressuposto da análise. Argumento que a transição de sua condição implícita para explícita decorre da sua posição como um valor.Abstract Since the beginning of the discipline, anthropologists have had recourse to forms of comparison (between practices, societies, cultures, civilizations). However, in the last decades of the 20th Century and the first decade of the 21st, comparison’s methodological condition was reconsidered as a result of theoretical developments that were critical of the concepts of culture and society, raising new questions concerning the units of analysis under inquiry. In this article, I will argue that the recent renewal of comparison situates it as an explicit (or epistemological) part of the anthropological endeavour - and not only as an implicit dimension, as the (ever-present) presupposition of our analyses. I argue that this transition from an implicit into an explicit dimension of comparison derives from its position as a value.

Documentos Relacionados