Comparação farmacocinética de duas formulações de alfapeginterferona em voluntários sadios

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2012

RESUMO

Introdução: O processo de peguilação consiste de um método de modificação da estrutura proteica com o propósito de minimizar muitas das limitações que estão associadas às proteínas terapêuticas. A peguilação da alfainterferona representou vantagem ao permitir solucionar problemas desta formulação com igual ou maior eficácia que os interferons (INF) não peguilados. Uma absorção mais lenta tende a reduzir o Cmax e com isso pode haver redução da intensidade dos eventos adversos. Com uma velocidade de eliminação mais lenta, garantimos a conservação de concentrações inibitórias da replicação viral ao longo do tempo. O incremento significativo no tempo de permanência da molécula no organismo justifica a possibilidade de administração semanal do produto. Objetivo: Comparar o comportamento farmacocinético de duas formulações de alfapeginterferona, denominadas como Formulação A (alfapeginterferona 2a de 40 kDa) e Formulação B (alfapeginterferona 2b de 48 kDa). Métodos: Realizou-se um estudo de fase I, aleatório, cruzado, duplo cego e unicêntrico incluindo 31 voluntários do sexo masculino, sadios, com idade entre 19 e 35 anos. Estes sujeitos de pesquisa foram estudados em duas etapas com duração de 14 dias consecutivos cada uma e com cinco semanas de ¿wash-out¿ entre cada administração subcutânea (180 Qg de um dos produtos). A variável principal foi a avaliação da concentração sérica de alfapeginterferona, determinada por ensaio imunoenzimático em 15 coletas durante o tempo do estudo. Resultados: Não foram observadas diferenças entre as duas formulações para as medidas de magnitude (Cmax (p=0,318), ASC(0-336) (p=0,464)) nem de absorção (CAV(0-336) (p=0,384), MIT (p=0,299)). Os parâmetros farmacocinéticos de tempo apresentaram resultados significativamente maiores para a Formulação B em comparação a Formulação A (Tmax: 73 vs 54 horas (p=0,0010); MRT(0-336): 133 vs 115 horas (p=0,0324); Ke: 0,008 vs 0,009 horas(-1) (p=0,0153); t1/2: 192 vs 118 horas (p=0,0218), respectivamente). Conclusão: Conclui-se que a Formulação B apresentou os perfis farmacocinéticos de magnitude semelhantes aos da Formulação A e diferentes quanto aos parâmetros de tempo. Mais estudos são necessários para entendermos as repercussões clínicas destes achados.

ASSUNTO(S)

pharmacokinetics interferon alfa alfapeginterferon farmacocinética phase i

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