Comparação entre extrator de Winkler e armadilha de queda para estimar a riqueza em espécies de formigas (Formicidae) de serapilheira em floresta tropical do sudeste do Brasil
AUTOR(ES)
Orsolon-Souza, G., Esbérard, CEL., Mayhé-Nunes, AJ., Vargas, AB., Veiga-Ferreira, S., Folly-Ramos, E.
FONTE
Brazilian Journal of Biology
DATA DE PUBLICAÇÃO
2011-11
RESUMO
O objetivo deste estudo foi comparar, em um mesmo ambiente, a eficiência das duas técnicas de coletas mais utilizadas para amostrar a diversidade de formigas, o extrator de Winkler e a armadilha de queda (pitfall traps). Para a comunidade de formigas de serapilheira da Mata Atlântica, comparamos as estimativas de riqueza de gêneros, de espécies e as curvas de acumulação de espécies. Os dois métodos resultaram em uma amostragem de riqueza satisfatória, sendo 21,3 e 47,6% exclusivamente gêneros e espécies coletadas pelo extrator de Winkler e 6,4 e 9,5% pela armadilha de queda. O extrator de Winkler mostrou ser a técnica mais eficiente para amostrar a riqueza de uma área quando apenas uma das técnicas possa ser utilizada. No entanto, o uso da armadilha de queda registrou uma parcela não tão desprezível da riqueza. Quanto à eficiência das técnicas de coleta, as curvas de acumulação de espécies para os duas técnicas mostraram-se similares com a obtida com os dois métodos simultaneamente. Notou-se, portanto, que o extrator de Winkler apresenta uma eficiência de amostragem da riqueza na ordem de 74,0% maior que a armadilha de queda para ambiente de Mata Atlântica. Vale ressaltar que as técnicas de coleta devem estar associadas a um delineamento amostral bem estruturado para que se possa ampliar ainda mais o conhecimento sobre a mirmecofauna dos biomas brasileiros, principalmente daquelas com serapilheira, permitindo análises ambientais mais completas.
ASSUNTO(S)
mata atlântica técnicas de coleta curva de acumulação de espécies
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