Comparação entre duas técnicas de descongelamento de sêmen humano normozoospérmico de indivíduos férteis e inférteis: estudo duplo-cego prospectivo

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

A qualidade espermática de amostras criopreservadas ainda é considerada insatisfatória devido à baixa taxa de recuperação de espermatozoides viáveis após os processos de congelamento e descongelamento. Na tentativa de melhorar a qualidade do sêmen humano criopreservado, o presente estudo teve como objetivo comparar duas técnicas de descongelamento em amostras de homens normozoospérmicos. Cada amostra seminal, após análise inicial da motilidade (microscopia ótica), da concentração (contagem em câmara de Neubauer), da morfologia estrita (critério de Kruger) e da integridade funcional das membranas (teste hiposmótico), foi dividida em duas alíquotas iguais de 0,5 mL cada, que foram congeladas em meio de criopreservação Test Yolk Buffer com Glicerol (TYB-G). Uma amostra foi descongelada em temperatura ambiente por 25 minutos (descongelamento 1) e a outra em banho-maria a 75°C por 20 segundos, seguido por imersão em banho-maria a 37°C por três minutos (descongelamento 2). Após o descongelamento, os seguintes parâmetros foram avaliados e comparados entre as duas amostras: motilidade, morfologia estrita e integridade funcional das membranas. Os resultados foram expressos como média + desvio-padrão para variáveis paramétricas e analisadas pelo teste t de Student. Os dados com variáveis não-paramétricas e não-pareadas foram expressos como mediana (intervalo interquartil) e analisados pelo teste de Mann-Whitney. O nível de significância foi estabelecido como p<0,05. A motilidade total espermática e progressiva pós-descongelamento do grupo fértil com a técnica de descongelamento 1 foi de 45,00 (10,0050,00) e 40,00 (5,0045,00), respectivamente. Com o uso da técnica de descongelamento 2, foi de 35,00 (20,0060,00) e de 30,00 (15,00 55,00), respectivamente. No grupo infértil, a motilidade espermática total e progressiva com a técnica de descongelamento 1 foi de 40,00 (30,0050,00) e 35,00 (25,0045,00), respectivamente. Com o uso da técnica 2, 45,00 (35,0060,00) e 40,00 (25,0055,00). As formas morfológicas normais no grupo fértil com a técnica 1 foram de 18,00 e com a técnica 2 de 17,00. No grupo infértil com a técnica 1 foram de 15,00 e com a técnica 2 também de 15,00. O teste hiposmótico no grupo fértil com a técnica 1 foi de 46,00 e com a técnica 2, 41,81. No grupo infértil com a técnica 1, foi de 47,00 e com a técnica 2 de 50,00. Os resultados mostraram que não houve diferença estatística significativa quando se compararam os parâmetros avaliados entre os dois grupos e com o uso das duas técnicas.

ASSUNTO(S)

sêmen decs recuperação espermática decs estudo comparativo decs dissertação da faculdade de medicina da ufmg. criopreservação decs estudos prospectivos decs congelamento decs preservação do s sêmen decs ginecologia teses. obstetrícia teses. infertilidade decs dissertações acadêmicas decs

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