Comparação entre a ultrassonografia automatizada e a ultrassonografia convencional no rastreio de mamas densas

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Bras. Ginecol. Obstet.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2021-03

RESUMO

Resumo Objetivo Comparar a ultrassonografia convencional das mamas (US) com a ultrassonografia automatizada das mamas (ABUS) no rastreio do câncer. Métodos Realizamos um estudo transversal com pacientes com mamas mamograficamente densas, sendo avaliadas pela US e pela ABUS. A US foi realizada por radiologistas e a ABUS por técnicos de mamografia e analisada por radiologistas especializados em mama. A classificação Breast Imaging Reporting and Data System (BIRADS) do exame e das lesões o tempo de leitura e de aquisição foram avaliados. A análise estatística foi realizada através de medidas de tendência central, dispersão e frequências, teste t de Student e regressão logística univariada, através do odds ratio, com intervalo de confiança de 95%, e com p<0,05 sendo considerado estatisticamente significante. Resultados Foram avaliadas 440 pacientes. Em relação às lesões, a US detectou 15 (7,7%) BI-RADS 2, 175 (89,3%) BI-RADS 3 e 6 (3%) BI-RADS 4, das quais 3 foram confirmadas, por biópsia, como carcinomas ductais invasivos e 3 falso-positivos. A ABUS identificou 12 (12,9%) BI-RADS 2, 75 (80,7%) BI-RADS 3 e 6 (6,4%) BI-RADS 4, incluindo 3 lesões detectadas pela US e confirmadas como carcinomas ductais invasivos, além de 1 carcinoma lobular invasivo e 2 lesões de alto risco não detectadas pela US. O tempo de leitura dos exames da ABUS foi estatisticamente inferior ao tempo do radiologista para realizar a US (p<0,001). A concordância foi de 80,9%. Um total de 219 lesões foram detectadas, das quais 70 por ambos os métodos, 126 observadas apenas pela US (84,9% não eram lesões suspeitas no ABUS) e 23 apenas pela ABUS. Conclusão Comparado à US, a ABUS permitiu adequado estudo complementar no rastreio do câncer de mamas heterogeneamente densas e extremamente densas.

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