Comparação do efeito agudo do alongamento passivo-estático em indivíduos pouco flexíveis e muito flexíveis

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

19/08/2011

RESUMO

O alongamento muscular é uma prática comum no treinamento da flexibilidade e na elaboração dos programas de atividade física, porém existe ainda uma carência considerável sobre os efeitos do alongamento em indivíduos com diferentes níveis de flexibilidade. O objetivo deste estudo foi comparar a resposta da rigidez passiva relativizada, a amplitude de movimento determinada pelo sinal eletromiográfico (ADMEMG) e a amplitude de movimento correspondente à primeira percepção subjetiva do desconforto ao alongamento (PSDAADM) entre indivíduos muito flexíveis e pouco flexíveis após aplicação de uma única sessão de alongamento. Dezoito homens e dezoito mulheres, com idade entre 19 e 30 anos, sem histórico de lesões músculo-esquelética nos membros inferiores, coluna e pelve nos últimos seis meses, foram alocados em dois grupos, de acordo com a ADMEMG. Ambos os membros inferiores foram utilizados, totalizando 72 amostras. Indivíduos com valores inferiores a 90° ou superiores a 95° de extensão passiva do joelho no aparelho Flexmachine foram alocados no grupo Pouco flexível e no grupo Muito flexível, respectivamente. Ambos os grupos foram submetidos a duas condições: Treinamento (4 séries de 30s de alongamento passivo-estático dos músculos posteriores da coxa direita) e Controle (repouso do membro inferior esquerdo por 4min). Os testes seguiram três etapas: 1ª) familiarização; 2ª) Pré-teste (mensuração da amplitude de movimento máxima de extensão do joelho, PSDAADM e torque máximo no Flexmachine), realização da condição Treinamento ou Controle, e Pós-teste (medidas similares ao Pré-teste); e 3ª) mensuração da área de secção transversa (AST) dos músculos posteriores da coxa na imagem de ressonância magnética. O estresse passivo foi calculado dividindo os valores do torque passivo pela AST e a rigidez passiva relativizada foi calculada no terceiro terço da curva estresse passivo-ADMEMG. Os resultados demonstraram um CCI=0,96 a 0,98 e EPM=1,24°a 2,20° para a ADMEMG; CCI=0,95 a 0,98 e EPM=1,97 a 2,18° para a PSDAADM; e CCI=0,95 a 0,98 e EPM=0,15 a 0,21 N.m.cm²/° para rigidez passiva relativizada nos dois grupos; e CCI=0,98 e EPM=0,59cm² para a AST. Os resultados deste estudo mostraram que o protocolo de alongamento promoveu um aumento de 7,6° e 6,9° na ADMEMG e de 9,7° e 6,8° na PSDAADM do grupo Muito flexível (p<0,05) e Pouco flexível (p<0,05), respectivamente. Porém, não foi encontrada diferença nos valores da rigidez passiva relativizada após o alongamento em ambos os grupos (p>0,05). Também não foi encontrada diferença após o alongamento na resposta da ADMEMG, PSDAADM e rigidez passiva relativizada entre os grupos (p>0,05). Os resultados indicaram que o protocolo de alongamento aumentou significativamente a ADMEMG e PSDAADM de ambos os grupos, sendo a alteração similar entre os grupos. A rigidez passiva relativizada permaneceu similar após o alongamento em ambos os grupos

ASSUNTO(S)

exercícios físicos teses. eletromiografia teses. articulações amplitude de movimento teses. ressonância magnética teses. músculos teses. membros inferiores teses. biomecânica teses. educação física teses.

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