Comparação de métodos para detecção de infecção por citomegalovírus em pacientes imunossuprimidos

AUTOR(ES)

Martiny, Patrícia Borba, de-Paris, Fernanda, Machado, Alice Beatriz Mombach Pinheiro, Mello, Ricardo Obalski de, Senger, Martha Bergman, Corrêa, Maria Clara Medina, Werres Junior, Luiz Carlos, Souza, Carolina Fischinger Moura de

FONTE

Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

DATA DE PUBLICAÇÃO

27/05/2011

RESUMO

INTRODUÇÃO: O citomegalovírus humano (HCMV), causador de infecção latente, reativa com frequência em pacientes imunossuprimidos. Portanto, o HCMV permanece uma das infecções mais comuns após transplantes de órgãos sólidos e de células hematopoiéticas resultando em significativa morbidade, perda do enxerto e ocasional mortalidade. Assim, o diagnóstico precoce para uma terapia preventiva é de grande importância. Este estudo visa comparar o desempenho dos métodos PCR qualitativo in-house e antigenemia pp65 para o diagnóstico de infecção por CMV em pacientes imunossuprimidos do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. MÉTODOS: O estudo foi realizado em 216 amostras de sangue total (EDTA) coletadas de 85 pacientes, entre agosto de 2006 e janeiro de 2007. RESULTADOS: Dentre as 216 amostras analisadas, 81 (37,5%) amostras apresentaram resultados positivos na PCR, enquanto 48 (22,2%) apresentaram resultados positivos na antigenemia. A sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e valor preditivo negativo para a PCR, considerando antigenemia como padrão foram 87,5%, 76,8%, 51,8% e 95,5%, respectivamente. CONCLUSÕES: Estes resultados demonstraram que a PCR tem alta sensibilidade e valor preditivo negativo. Consequentemente PCR é especialmente indicada para o diagnóstico inicial de infecção por HCMV. No caso da estratégia de terapia preventiva, a identificação de pacientes com alto risco para a doença por HCMV é fundamental e a PCR pode ser uma ferramenta útil.

ASSUNTO(S)

citomegalovírus humano antigenemia em cadeia da polimerase pacientes imunossuprimidos terapia preemptiva

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