Comparação de métodos de tratamento tópico utilizados na epistaxe anterior recorrente: ensaio clínico randomizado

AUTOR(ES)
FONTE

Braz. j. otorhinolaryngol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2021-04

RESUMO

Resumo Introdução: A epistaxe recorrente é uma doença comumente vista por especialistas em otorrinolaringologia, médicos de emergência e pediatras. O fato de que muitas modalidades de tratamento estejam sendo pesquisadas e nenhum método único de tratamento seja universalmente aceito apoiam ainda mais essa informação. Objetivo: Comparar a eficácia clínica do uso de pomada antisséptica tópica, pomada descongestionante tópica e tratamentos de cauterização química, que são frequentemente usados em epistaxe anterior recorrente, tanto isoladamente como em combinação. Método: Entre agosto de 2017 e fevereiro de 2018, 137 pacientes diagnosticados com epistaxe anterior recorrente foram divididos aleatoriamente em 5 grupos. O grupo I foi tratado com pomada antisséptica tópica, o grupo II com pomada descongestionante tópica, o grupo III foi submetido a cauterização química, o grupo IV foi tratado com pomada antisséptica tópica + cauterização química e o grupo V com pomada descongestionante tópica + tratamento de cauterização química. Todos os pacientes foram contatados por telefone 2 semanas e um mês após o tratamento e perguntados sobre a presença (falha) ou ausência (sucesso) de pelo menos um episódio de epistaxe. Pacientes com comorbidades foram excluídos. O sucesso do tratamento foi analisado estatisticamente. Resultados: Não houve diferença significante (p > 0,05) entre os grupos em relação à taxa de sucesso no 15° dia após o tratamento. Os grupos IV e V tiveram maiores taxas de sucesso no 30° dia após o tratamento em comparação com os grupo I e II (p < 0,05). No grupo III, o sucesso do tratamento no 30° dia não foi diferente dos outros 4 grupos (p > 0,05). Conclusão: Embora o número de pacientes que melhoraram com a cauterização química (grupo III) tenha sido maior em nosso estudo, nenhuma diferença significante foi observada nas modalidades de tratamento único (grupos I – III) no 14° dia e no 30° dia após o tratamento. Embora não tenha sido observada diferença estatisticamente significante entre os tratamentos combinados (grupos IV – V) e os tratamentos simples (grupos I – III) na 2ª semana após o tratamento, os tratamentos combinados foram significantemente mais eficazes no 1° mês.

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